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Para Murdoch, mercado de cinema chinês é o mais atraente do mundo

Para o magnata da NewsCorp., o mercado de filmes cresce 40% por ano no país

Rupert Murdoch apóia uma maior abertura do mercado chinês às produções cinematográficas estrangeiras (Getty Images)

Rupert Murdoch apóia uma maior abertura do mercado chinês às produções cinematográficas estrangeiras (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2011 às 06h06.

Xangai - O magnata das comunicações Rupert Murdoch, proprietário do conglomerado midiático NewsCorp, que controla os estúdios Fox de Hollywood, afirmou em discurso no Festival Internacional de Cinema de Xangai que a China é o mercado cinematográfico mais atraente do mundo.

Em declarações publicadas nesta segunda-feira pelo jornal oficial "Shanghai Daily", o australiano naturalizado americano Murdoch chegou a dizer que "não há um mercado cinematográfico mais atraente no mundo todo", já que os lucros em bilheteria "crescem a um ritmo de mais de 40% por ano".

No ano passado, os lucros em bilheteria aumentaram 64% na China, superando a casa dos 10 bilhões de iuanes (US$ 1,5 bilhão) e foram construídos em todo o país 313 novos cinemas, com 1.533 novas salas.

Isso significa que, atualmente, há cerca de 6,2 mil salas de cinema em toda a China, mas já há tantas previstas para serem construídas que se espera atingir 20 mil salas nos próximos cinco anos.

Durante o debate que participou junto a outros produtores internacionais e chineses, entre eles sua própria esposa, Wendi Deng, Murdoch apoiou uma maior abertura do mercado chinês às produções cinematográficas estrangeiras.

A China, atualmente, limita em 20 o número de filmes de outros países que podem ser exibidos anualmente nas salas de cinema nacionais. Praticamente todos eles costumam ser produções de Hollywood, após serem submetidos à censura e à aprovação de uma só entidade estatal, o Grupo Cinematográfico da China.

Murdoch assinalou que esse limite às produções estrangeiras estimula a pirataria, um mercado ilegal bastante comum na China. "Isso apresenta desafios significativos", disse o magnata.

"No longo prazo, a única coisa que limitará é a oportunidade de a China aumentar seu mercado de cinema", acrescentou. "O mercado das salas de cinema da China está tentando crescer. É fundamental encher os cinemas com mais filmes locais, bem como com mais filmes importados de outros países".

A esposa de Murdoch, Wendi Deng, americana de origem chinesa, não perdeu a oportunidade de promover novamente o filme que acaba de produzir, "Snow Flower and the Secret Fan", exibido na China por seus baixos custos de produção, protagonizado pelo americano Hugh Jackman e pela chinesa Li Bingbing.

"Eu gostaria de trazer mais veteranos de Hollywood para que cooperassem com profissionais chineses", anunciou Deng, referindo-se ao seu filme. "A coprodução é uma boa maneira de o cinema chinês aumentar sua influência internacional".

Ren Zhonglun, presidente da Corporação Grupo Cinematográfico de Xangai, e também coprodutor do filme de Deng, anunciou que a entidade chinesa deve participar de até quatro coproduções com empresas estrangeiras neste ano.

Já Thomas Tull, presidente da produtora americana Legendary Entertainment, disse que fechou um acordo com a corporação chinesa Huayi Brothers, uma das grandes empresas do setor na China, para criar uma companhia mista, Legendary East, produtora de cinema e televisão em inglês com sede em Hong Kong.

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