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Para líder da Farc rejeição de acordo de paz "foi até bom"

"Seria uma brutalidade voltar a reviver uma discussão que nos levou mais de um ano e meio", disse Timochenko sobre alterações no acordo


	Timochenko: para líder das Farcs, isso permitirá esclarecer muitas dúvidas
 (Reuters / Stringer/Reuters)

Timochenko: para líder das Farcs, isso permitirá esclarecer muitas dúvidas (Reuters / Stringer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2016 às 09h58.

O chefe máximo da guerrilha Farc, Rodrigo Londoño (Timochenko), considerou nesta quarta-feira que "foi até bom" que o acordo de paz assinado com o governo da Colômbia tenha sido rejeitado nas urnas, pois isso permitiu "esclarecer muitas dúvidas" e envolver os abstencionistas no debate.

"Foi até bom que isso tenha acontecido, porque está permitindo esclarecer muitas dúvidas e, em especial, está comprometendo esse importante setor do povo colombiano que não votou, mais de 63%, a interessar-se por este feito histórico", disse Londoño sobre o resultado do plebiscito de 2 de outubro em que 50,2% dos eleitores disse "Não" ao pacto de paz.

Em uma entrevista com Caracol Radio, o principal líder das Farc, ele disse que o resultado contrário "está permitindo corrigir o que foi uma pedagogia maciça, um pedagogia clara".

Perguntado se as Farc estão dispostas a fazer alterações nos acordos alcançados no que se refere a justiça transicional e participação política, o líder rebelde disse que "seria uma brutalidade".

"Seria uma brutalidade voltar a reviver uma discussão que nos levou mais de um ano e meio, que foi uma das discussões más duras e difíceis", disse.

Os opositores ao acordo, liderados pelo ex-presidente e senador Álvaro Uribe, rejeitam principalmente a "impunidade total" que, segundo eles, será dada a guerrilheiros reponsáveis por "crimes atrozes".

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