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Para chanceler britânico, novo acordo com Irã será "muito difícil"

EUA ameaçaram Irã com as sanções "mais fortes da história", se Teerã não cumprir suas condições draconianas para concluir um "novo acordo"

Irã: nova estratégia americana em relação à República Islâmica foi apresentada após a controversa retirada americana do acordo nuclear iraniano (Leonhard Foeger/Reuters)

Irã: nova estratégia americana em relação à República Islâmica foi apresentada após a controversa retirada americana do acordo nuclear iraniano (Leonhard Foeger/Reuters)

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AFP

Publicado em 21 de maio de 2018 às 18h10.

O ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Boris Johnson, considerou nesta segunda-feira (21) que seria "muito difícil" concluir um novo acordo mais amplo com o Irã, como desejam os Estados Unidos, após sua polêmica retirada do texto sobre o programa nuclear iraniano.

"Acho que não será fácil concluir em um tempo razoável", disse Johnson, que participa nesta segunda do G20 dos ministros das Relações Exteriores em Buenos Aires (Argentina).

"A perspectiva de um tratado gigantesco com o Irã será muito, muito difícil", acrescentou a repórteres, segundo declarações confirmadas por seu ministério.

Os Estados Unidos ameaçaram nesta segunda-feira o Irã com as sanções "mais fortes da história", se Teerã não cumprir suas condições draconianas para concluir um "novo acordo" muito mais amplo com o objetivo de conter as ambições nucleares do país.

Esta nova estratégia americana em relação à República Islâmica foi apresentada após a controversa retirada americana do acordo nuclear iraniano (JCPOA) concluído em julho de 2015 entre Teerã e as grandes potências (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha).

"A vantagem do JCPOA é que ele tem um propósito muito claro: proteger o mundo de uma bomba nuclear iraniana e, em troca, dar aos iranianos benefícios econômicos significativos", disse Boris Johnson.

"Os americanos deram as costas para isso", acrescentou, indicando que o assunto "certamente" será discutido no G20.

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