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Para apoiar Fernández, Macri pede "transparência" ao presidente eleito

Atual mandatário criticou Fernández por "dizer coisas demais", o que segundo ele "não é bom" para um presidente

Mauricio Macri e Alberto "Fernández: Se decidirem seguir o caminho da construção, da ordem e da transparência, vamos apoiá-los" (Agustin Marcarian/Reuters)
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EFE

Publicado em 9 de dezembro de 2019 às 06h54.

Última atualização em 9 de dezembro de 2019 às 06h57.

Buenos Aires — O presidente argentino em fim de mandato, Mauricio Macri , disse neste domingo que apoiará o mandatário eleito, Alberto Fernández, caso o novo governante decida apostar em valores como construção e transparência.

"Se decidirem seguir o caminho da construção, da ordem e da transparência, vamos apoiá-los. Mesmo que não tenham nos ajudado, vamos fazer isso. Estamos aqui pelos argentinos", afirmou Macri em entrevista divulgada em seus perfis nas redes sociais.

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A entrevista, gravada em duas partes em junho, antes da derrota nas eleições, e em novembro, com o resultado já definido, abordou desde aspectos da vida pessoal do governante até os últimos acontecimentos econômicos e políticos da Argentina, que está em recessão desde abril de 2018.

Macri, que nesta manhã compareceu com Fernández a uma missa "por união e paz" disse que "é necessário dar espaço" ao líder peronista para que governe, desde que "não traia" os eleitores.

O atual mandatário criticou Fernández por "dizer coisas demais", o que segundo ele "não é bom" para um presidente, e afirmou que o novo governo, que terá a ex-presidente Cristina Kirchner como vice, começa "com uma frente interna difícil".

"Quando se juntam cinco minutos antes de uma festa, não é tão fácil fazer com que a festa dê certo, têm que ser muito bons", opinou, ao enfatizar que se o novo governo quiser "reivindicar bandeiras do passado, não irá bem".

De acordo com Macri, Fernández precisa adotar uma posição firme contra o governo de Nicolás Maduro na Venezuela.

"Se o novo govenro não tiver uma posição clara de que isso não é democracia, vai limitar totalmente as possibilidades de este país seguir em frente", frisou.

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