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Paquistão se despede de Edhi, símbolo da luta contra pobreza

Primeiro-ministro Nawaz Sharif anunciou um dia de luto nacional. Edhi foi proposto em várias ocasiões para o prêmio Nobel da Paz


	Edhi foi proposto em várias ocasiões para o prêmio Nobel da Paz
 (Rizwan Tabassum/AFP)

Edhi foi proposto em várias ocasiões para o prêmio Nobel da Paz (Rizwan Tabassum/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2016 às 16h24.

O Paquistão se despediu neste sábado (9) de Abdul Satar Edhi, um símbolo da luta contra a pobreza, que fundou um império de organizações beneficentes, em um país que carece de uma rede de proteção social eficaz.

Edhi, de 92 anos, morreu na sexta-feira devido a uma insuficiência renal.

O primeiro-ministro, Nawaz Sharif, anunciou um dia de luto nacional e decretou a organização de um funeral de Estado para Edhi, que foi proposto em várias ocasiões para o prêmio Nobel da Paz.

Desde o início da tarde, uma multidão se reuniu no estádio de críquete de Karachi, onde foi realizado o funeral.

"Todo o nosso país está de luto (...). Temos o mesmo sentimento de quando Muhamad Ali Jinah [fundador do Paquistão] morreu e toda a nação ficou órfã", declarou à AFP Rashid Awan, que compareceu à homenagem.

Atualmente cerca de 5.700 pessoas moram em casas da fundação Edhi, que acolhe crianças e idosos abandonados, mulheres vítimas de maus-tratos, pessoas com deficiência e dependentes de drogas.

O caixão de Edhi, coberto com a bandeira verde e branca do Paquistão, foi transportado em um veículo militar para o estádio.

Durante o funeral, os presentes jogaram pétalas de rosa no caixão e prestaram honras militares.

Depois, foi trasladado a sua localidade natal, nos arredores da cidade, onde será enterrado no lugar que escolheu há 25 anos, disse sua família à AFP.

Edhi abriu maternidades, necrotérios, orfanatos, asilos e residências de aposentados em todo o país. Sua frota de 1.500 ambulâncias, conhecidas por sua eficácia nos lugares de atentados, se converteu no símbolo da Fundação Edhi.

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