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Paquistão ordena fechamento do YouTube por causa de vídeo

Segundo o governo paquistanês, o site de vídeos se negou a eliminar o filme que ataca a figura do profeta Maomé


	Muçulmanos sunitas queimam bandeira americana durante protesto contra o filme "Inocência dos Muçulmanos", em Lahore, Paquistão: ontem, duas pessoas morreram
 (Arif Ali/AFP)

Muçulmanos sunitas queimam bandeira americana durante protesto contra o filme "Inocência dos Muçulmanos", em Lahore, Paquistão: ontem, duas pessoas morreram (Arif Ali/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2012 às 11h34.

Islamabad - Os usuários do YouTube no Paquistão não podiam acessar nesta terça-feira o portal, bloqueado por volta da meia-noite pelas autoridades devido à divulgação do vídeo que ataca a figura do profeta Maomé.

A decisão oficial do fechamento temporário foi tomada depois que o 'YouTube se negou a seguir as instruções do governo para eliminar o material blasfemador de seu portal', segundo um comunicado enviado no final da noite de segunda-feira pelo escritório do primeiro-ministro, Raja Pervez Ashraf.

Segundo a nota, o primeiro-ministro determinou que o bloqueio continue até que o vídeo seja eliminado.

O Paquistão segue os passos de outros países muçulmanos, como o vizinho Afeganistão, que bloqueou nos servidores locais o acesso ao famoso portal de vídeos para evitar que os internautas pudessem assistir o polêmico filme 'A inocência dos muçulmanos'.

As autoridades paquistanesas tentaram ontem bloquear o acesso de milhares de links do YouTube com o filme, mas como foram criados novos acessos para o vídeo, as autoridades decidiram fechar temporariamente todo o portal.

O ministro do Interior, Rehman Mali, ameaçou cancelar os vistos dos executivos do Google, proprietária do YouTube, no Paquistão. A decisão do governo foi tomada após o aumento no Paquistão dos protestos contra o vídeo que parodia a figura de Maomé.

Ontem, pelo menos duas pessoas morreram, segundo a imprensa local, em manifestações que foram especialmente violentas na cidade de Karachi, a maior do país, onde um grupo de estudantes tentou sem sucesso invadir o consulado dos EUA. 

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