Afridi foi condenado por ter criado uma falsa campanha de vacinação em Abbottabad, a cidade onde Bin Laden estava escondido, para conseguir uma amostra de DNA da família (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2012 às 09h50.
Peshawar - Um médico paquistanês recrutado pela CIA para ajudar na busca por Osama Bin Laden, que foi executado em maio do ano passado por um comando especial americano no norte do Paquistão, foi condenado a 33 anos de prisão por traição.
O cirurgião Shakeel Afridi, que foi demitido como médico do governo há dois meses, foi considerado culpado pelo sistema de justiça tribal do distrito de Khyber, parte do cinturão tribal semiautônomo do Paquistão.
Afridi foi condenado por ter criado uma falsa campanha de vacinação em Abbottabad, a cidade onde Bin Laden estava escondido com as esposas e filhos, para conseguir uma amostra de DNA da família, informou a administração da região semiautônoma paquistanesa.
"Ele foi condenado a 33 anos de prisão por traição e levado para a prisão central de Peshawar", disse à AFP Mohamed Siddiq, porta-voz do governo do distrito de Khyber.
Os tribunais tribais são competentes nas zonas tribais semiautônomas do Paquistão, mas as apelações são analisadas por tribunais de direito comum.
Bin Laden morreu na madrugada de 2 de maio de 2011 quando um comando especial americano Navy SEALS invadiu a casa em que ele estava escondido, em Abbottabad. A unidade de elite chegou de helicóptero, que invadiu o espaço aéreo paquistanês, sem comunicar a operação às autoridades paquistanesas.