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Papa visita um dos bairros mais perigosos do mundo

Na África, Francisco foi a distrito onde a maioria dos muçulmanos que não fugiram da capital da República Centro-Africana agora busca refúgio

Papa Francisco em visita à África: o bairro foi separado do resto da capital Bangui pelos últimos dois meses (Giuseppe Cacace/REUTERS)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2015 às 07h27.

Bangui - O papa Francisco visitou um dos bairros mais perigosos do mundo, nesta segunda-feira, para pedir a cristãos e muçulmanos que acabem com uma espiral de ódio, vingança e derramamento de sangue que já matou milhares de pessoas nos últimos três anos.

Sob intenso esquema de segurança, Francisco passou por uma zona isolada para entrar em PK5, um distrito onde a maioria dos muçulmanos que não fugiram da capital da República Centro-Africana agora busca refúgio.

O bairro foi separado do resto da capital Bangui pelos últimos dois meses por um cerco das chamadas milícias cristãs anti-Balaka, que bloqueiam a entrada de suprimentos e impedem os muçulmanos de sair.

Uma presença pesada das forças de paz da ONU, com fuzis e coletes à prova de bala, era vista por todo PK5 e veículos blindados armados com metralhadoras foram posicionados ao longo da rota da comitiva do papa.

Atiradores da ONU foram posicionados no alto dos minaretes que decoram a mesquita verde e branco recém-pintada, onde centenas de muçulmanos de PK5 ouviram quando Francisco fez um apelo pelo fim da violência.

"Cristãos e muçulmanos são irmãos e irmãs", disse o papa depois de um discurso do imã Moussa Tidiani Naibi, um dos líderes religiosos locais que tentam promover o diálogo.

"Aqueles que dizem crer em Deus também devem ser homens e mulheres de paz", disse ele, observando que os cristãos, muçulmanos e seguidores de religiões tradicionais viveram juntos em paz por muitos anos.

O papa Francisco vai terminar a viagem para a África com uma missa para dezenas de milhares de católicos no estádio nacional da República Centro-Africana, antes de retornar a Roma.

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Sob intenso esquema de segurança, Francisco passou por uma zona isolada para entrar em PK5, um distrito onde a maioria dos muçulmanos que não fugiram da capital da República Centro-Africana agora busca refúgio.

O bairro foi separado do resto da capital Bangui pelos últimos dois meses por um cerco das chamadas milícias cristãs anti-Balaka, que bloqueiam a entrada de suprimentos e impedem os muçulmanos de sair.

Uma presença pesada das forças de paz da ONU, com fuzis e coletes à prova de bala, era vista por todo PK5 e veículos blindados armados com metralhadoras foram posicionados ao longo da rota da comitiva do papa.

Atiradores da ONU foram posicionados no alto dos minaretes que decoram a mesquita verde e branco recém-pintada, onde centenas de muçulmanos de PK5 ouviram quando Francisco fez um apelo pelo fim da violência.

"Cristãos e muçulmanos são irmãos e irmãs", disse o papa depois de um discurso do imã Moussa Tidiani Naibi, um dos líderes religiosos locais que tentam promover o diálogo.

"Aqueles que dizem crer em Deus também devem ser homens e mulheres de paz", disse ele, observando que os cristãos, muçulmanos e seguidores de religiões tradicionais viveram juntos em paz por muitos anos.

O papa Francisco vai terminar a viagem para a África com uma missa para dezenas de milhares de católicos no estádio nacional da República Centro-Africana, antes de retornar a Roma.

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