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Papa prega sobre corrupção e justiça social nas Filipinas

Trata-se da primeira visita do pontífice argentino às Filipinas, país fervorosamente religioso onde mais de 80% da população é católica

Papa Francisco nas Filipinas: pontífice foi recebido por multidões nas ruas (Osservatore Romano/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2015 às 15h22.

Manila - Em seu primeiro dia inteiro de visita às Filipinas, o Papa Francisco se encontrou com famílias pobres e crianças de rua, alertou o governo para os problemas da corrupção e também usou seu peso político para apoiar a igreja filipina contra uma controversa lei de controle de natalidade.

Trata-se da primeira visita do pontífice argentino às Filipinas, país fervorosamente religioso onde mais de 80% da população é católica.

Francisco foi recebido por multidões nas ruas.

A visita ao país dá ao papa uma plataforma para discorrer sobre seus temas favoritos, como justiça social, preocupação com os pobres e abuso da autoridade.

Ele começou o dia reunindo-se com o presidente Benigno Aquino III, com quem tratou da corrupção.

"Líderes políticos precisam, mais do que nunca, ser conhecidos pela sua integridade, honestidade e comprometimento com o bem comum", disse ele às autoridades filipinas.

O papa passou o resto do dia dedicando-se a questões como pobreza, migração e desastres naturais que costumam abater as ilhas do país.

Ele também fez referência aos problemas decorrentes da modernização da economia e sociedade local.

"As Filipinas enfrentam o desafio de construir uma sociedade moderna com bases sólidas de respeito aos valores humanos, à dignidade e os direitos de cada um", disse.

Francisco também celebrou uma missa em honra ao clero filipino na catedral de Manila, uma grande igreja construída no século 16.

Depois do evento, ele fez uma visita não agendada a um abrigo para crianças de rua, onde se encontrou com mais de 300 delas.

À tarde, o pontífice encontrou-se com famílias em um gigantesco shopping de cinco andares na capital do país, onde conversou e ouviu testemunhos de diversas delas.

Cerca de 10% dos filipinos vivem no exterior para escapara da pobreza em seu país.

"Nossos salários não são suficientes", afirmou o bispo Gabriel Reyes logo antes de o papa começar o encontro com as famílias.

"Nossas costas doem com todo o trabalho que fazemos em terras estrangeiras. Nossas crianças têm fome e não temos nada para alimentá-las. Muitos não veem suas crianças durante anos."

O país registra altas taxas de natalidade e recentemente aprovou uma lei para lidar com o tema. No entanto, a igreja local se opõe fortemente a ela.

"Existem forças poderosas que ameaçam desfigurar os planos de Deus para a criação, traindo assim os valores que inspiraram e formaram o que há de melhor em nossa cultura", afirmou Francisco. Em declarações posteriores, o papa também condenou o divórcio.

Muitas questões sociais ainda são vistas na Filipina de acordo com os ensinamentos católicos.

De acordo com o Pew Research Center, dois terços da população consideram o divórcio moralmente inaceitável.

As Filipinas também são o país que mais critica o aborto. Quase 93% da população acha que ele é imoral.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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Manila - Em seu primeiro dia inteiro de visita às Filipinas, o Papa Francisco se encontrou com famílias pobres e crianças de rua, alertou o governo para os problemas da corrupção e também usou seu peso político para apoiar a igreja filipina contra uma controversa lei de controle de natalidade.

Trata-se da primeira visita do pontífice argentino às Filipinas, país fervorosamente religioso onde mais de 80% da população é católica.

Francisco foi recebido por multidões nas ruas.

A visita ao país dá ao papa uma plataforma para discorrer sobre seus temas favoritos, como justiça social, preocupação com os pobres e abuso da autoridade.

Ele começou o dia reunindo-se com o presidente Benigno Aquino III, com quem tratou da corrupção.

"Líderes políticos precisam, mais do que nunca, ser conhecidos pela sua integridade, honestidade e comprometimento com o bem comum", disse ele às autoridades filipinas.

O papa passou o resto do dia dedicando-se a questões como pobreza, migração e desastres naturais que costumam abater as ilhas do país.

Ele também fez referência aos problemas decorrentes da modernização da economia e sociedade local.

"As Filipinas enfrentam o desafio de construir uma sociedade moderna com bases sólidas de respeito aos valores humanos, à dignidade e os direitos de cada um", disse.

Francisco também celebrou uma missa em honra ao clero filipino na catedral de Manila, uma grande igreja construída no século 16.

Depois do evento, ele fez uma visita não agendada a um abrigo para crianças de rua, onde se encontrou com mais de 300 delas.

À tarde, o pontífice encontrou-se com famílias em um gigantesco shopping de cinco andares na capital do país, onde conversou e ouviu testemunhos de diversas delas.

Cerca de 10% dos filipinos vivem no exterior para escapara da pobreza em seu país.

"Nossos salários não são suficientes", afirmou o bispo Gabriel Reyes logo antes de o papa começar o encontro com as famílias.

"Nossas costas doem com todo o trabalho que fazemos em terras estrangeiras. Nossas crianças têm fome e não temos nada para alimentá-las. Muitos não veem suas crianças durante anos."

O país registra altas taxas de natalidade e recentemente aprovou uma lei para lidar com o tema. No entanto, a igreja local se opõe fortemente a ela.

"Existem forças poderosas que ameaçam desfigurar os planos de Deus para a criação, traindo assim os valores que inspiraram e formaram o que há de melhor em nossa cultura", afirmou Francisco. Em declarações posteriores, o papa também condenou o divórcio.

Muitas questões sociais ainda são vistas na Filipina de acordo com os ensinamentos católicos.

De acordo com o Pew Research Center, dois terços da população consideram o divórcio moralmente inaceitável.

As Filipinas também são o país que mais critica o aborto. Quase 93% da população acha que ele é imoral.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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