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Papa pede uma economia centrada no homem

Bento XVI chegou nesta quinta-feira a Madri para conduzir a Jornada Mundial da Juventude

Papa é recebido pelo primeiro-ministro José Luis Zapatero e os reis Juan Carlos e Sofia: "a economia não pode funcionar como uma economia autorregulada" (Rafa Rivas/AFP)

Papa é recebido pelo primeiro-ministro José Luis Zapatero e os reis Juan Carlos e Sofia: "a economia não pode funcionar como uma economia autorregulada" (Rafa Rivas/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2011 às 11h38.

Madri - O Papa Bento XVI pediu nesta quinta-feira uma economia centrada no homem ao chegar a Madri para conduzir a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que deve reunir mais de um milhão de pessoas e que provocou protestos por causa de seu alto custo em plena crise.

"A economia não pode funcionar como uma economia autorregulada", declarou o Papa aos jornalistas antes de chegar ao aeroporto de Madri-Barajas, onde foi recebido pelo rei Juan Carlos I e por sua esposa Sofía, pelas principais autoridades espanholas e por uma multidão de jovens peregrinos que participam da JMJ.

"O homem deve estar no centro da economia, não pelo lucro e sim pela solidariedade. Isso se confirma na atual crise. A economia não pode ser medida pelo lucro máximo. É preciso colocar-se a serviço da proteção do trabalho para todos", afirmou o Papa.

O Papa Bento XVI também reconheceu "abusos na história para impor o conceito de verdade e o monoteísmo".

"É verdade que aconteceram abusos na história para impor o conceito de verdade e o monoteísmo", declarou o Papa, que visita pela terceira vez a Espanha.

O Papa liderará durante quatro dias vários macroeventos preparados na capital espanhola, entre eles uma Via Crúcis na sexta-feira e uma vigília de oração no sábado. Nesta quinta, realizará uma celebração na praça central de Cibeles.

Na véspera, sete manifestantes foram detidos e 11 ficaram levemente feridos durante uma passeata em Madri a favor do Estado laico e contra o financiamento público da visita do Papa.

Segundo os organizadores do protesto, as administrações estatal, regional e local gastaram cerca de 100 milhões de euros para a Jornada Mundial da Juventude e na segurança para a visita do Papa.

Após o protesto, que contou com a presença de milhares de pessoas e na qual foram registrados momentos de tensão entre os manifestantes e jovens católicos, a polícia enfrentou participantes para desalojar parte do centro da cidade.

No total, 450.000 peregrinos de todo o mundo invadiram Madri desde segunda-feira para participar na JMJ, que começou na terça-feira.

Os manifestantes trocaram insultos com grupos de peregrinos diante dos olhares dos policiais.

A polícia informou que 4.000 pessoas participaram na manifestação a favor do Estado laico, que teve como lema "Dos meus impostos, ao Papa zero".

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