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Papa pede maior inclusão de jovens para que tenham futuro digno

Em balanço de 2016, papa Francisco disse que a sociedade atual está em dívida com jovens, apesar de idolatrar a juventude

 (Tony Gentile/Reuters)

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EFE

Publicado em 31 de dezembro de 2016 às 15h38.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco fez neste sábado (31) um balanço de 2016 em cerimônia na qual pediu que as sociedades abandonem a lógica do privilégio em favor do encontro e propiciem uma maior inclusão dos jovens para que possam construir um futuro digno.

"Se queremos apontar um futuro que seja digno para eles (os jovens), só poderemos alcançá-lo apostando em uma verdadeira inclusão: essa que dá o trabalho digno, livre, criativo, participativo e solidário", disse o pontífice.

Francisco fez estas reflexões durante a celebração das primeiras vésperas da Solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus, uma cerimônia solene que aconteceu na basílica vaticana de São Pedro e na qual se entoou o "Te Deum" de ação de graças pelo ano que termina.

Durante a homilia, o papa afirmou que as sociedades atuais estão em "dívida" com os jovens e fez um apelo para que se fomente sua inclusão.

Para Francisco, as sociedades "criaram uma cultura que, por um lado, idolatra a juventude querendo torná-la eterna", mas que ao mesmo tempo condena os jovens "a não ter um espaço de real inserção".

"Lentamente os fomos marginalizando da vida pública os obrigando a emigrar ou a mendigar por empregos que não existem ou não lhes permitem projetar-se em um amanhã", lamentou.

"Privilegiamos a especulação ao invés de trabalhos dignos e genuínos que lhes permitam ser protagonistas ativos na vida de nossa sociedade. Esperamos e lhes exigimos que sejam fermento do futuro, mas os discriminamos e condenamos a bater em portas que em sua grande maioria estão fechadas", acrescentou.

Na homilia pronunciada perante os milhares de fiéis que foram hoje à Basílica de São Pedro do Vaticano, Francisco também dirigiu uma mensagem na qual pediu que se rejeite a lógica centrada "no privilégio, nas concessões" e defendeu uma "lógica do encontro e da proximidade".

Finalmente, o papa agradeceu por "todos os sinais da generosidade divina" e afirmou que o tempo que está por vir "requer iniciativas audazes e esperançadoras, assim como renunciar a protagonismos vazios ou a lutas intermináveis por figurar".

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