Exame Logo

Papa pede 'respeito mútuo' entre cristãos e muçulmanos

"Desejo que os cristãos e os muçulmanos se comprometam a promover o respeito mútuo", afirmou hoje o Pontífice durante Ângelus

Papa Francisco saudou muçulmanos pelo fim do Ramadã, mês sagrado da religião islâmica (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2013 às 10h19.

Cidade do Vaticano – O papa Francisco expressou neste domingo durante a tradicional reza do Ângelus seu desejo de que os cristãos e os muçulmanos se comprometam a promover o 'respeito mútuo', sobretudo através da educação dos mais jovens.

Da varanda do Palácio Apostólico vaticano na Praça de São Pedro, o pontífice, que, ao contrário de seu antecessor, Bento XVI, passa o verão no Vaticano, quer ter próximos os muçulmanos que recentemente viveram o fim do mês do Ramadã, os quais chamou de 'irmãos'.

'Gostaria de dedicar uma saudação aos muçulmanos do mundo inteiro, a nossos irmãos, que há pouco realizaram a conclusão do mês do Ramadã, dedicado particularmente ao jejum, à reza e à esmola', afirmou Francisco.

'Como escrevi em minha mensagem por essa circunstância, desejo que os cristãos e os muçulmanos se comprometam a promover o respeito mútuo, especialmente através da educação das novas gerações', acrescentou.

Em uma manhã quente e ensolarada na Cidade do Vaticano, o líder religioso falou também sobre o desejo de encontrar Deus, cujo amor, segundo ele, é 'o verdadeiro tesouro do homem, o que dá sentido às pequenas coisas do dia a dia'.

'Perguntemo-nos: onde está meu tesouro? Qual é para mim a realidade mais importante, mais prezada, a realidade que atrai meu coração como um imã? Posso dizer que é o amor de Deus?', questionou.

'Alguém pode me responder: padre, eu sou alguém que trabalha, que tem família. Para mim, a realidade mais importante é a de levar adiante minha família, meu trabalho. Certamente é verdade, é importante, mas qual é a força que mantém a família unida? É exatamente o amor de Deus o que dá sentido aos pequenos compromissos diários e o que ajuda a enfrentar as grandes provas. Este é o verdadeiro tesouro do homem. E o amor de Deus não é algo vago, um sentimento genérico, o amor de Deus tem nome e rosto: Jesus Cristo', destacou.

De acordo com Francisco, é justamente o amor de Deus que dá sentido a todas as outras coisas: 'Não podemos amar o ar, mas amamos as pessoas. O amor de Deus dá valor e beleza a todo o resto: à família, ao trabalho, ao estudo, à amizade, à arte e a toda atividade humana', salientou o pontífice, que disse ainda que esse amor dá sentido inclusive a acontecimentos tidos pelas pessoas como ruins.

'Esse amor dá sentido também às experiências negativas, porque nos permite ir em frente, não ficar prisioneiros do mal, e sim ir além. Abre-nos sempre à esperança, ao horizonte final de nossa peregrinação. Assim, até os cansaços, quedas e pecados ganham um sentido, porque o amor de Deus nos perdoa', finalizou.

Francisco lembrou que na próxima quinta-feira será celebrada a festividade da Assunção de Maria, ocasião na qual irá à cidade de Castel Gandolfo, 30 quilômetros ao sul de Roma, para celebrar uma missa e dirigir a reza do Ângelus.

Deslocaram-se neste domingo até São Pedro do Vaticano membros do comitê contra a instalação de um novo aterro sanitário em Falcognana, ao sul da cidade, para chamar a atenção do papa.

Os manifestantes exibiram cartazes com palavras de ordem como 'papa Francisco, ajude' ou 'Estrago para o Amor Divino', em referência ao santuário próximo aos terrenos que receberão o novo aterro, contra o que também protestam os religiosos do lugar. EFE

Veja também

Cidade do Vaticano – O papa Francisco expressou neste domingo durante a tradicional reza do Ângelus seu desejo de que os cristãos e os muçulmanos se comprometam a promover o 'respeito mútuo', sobretudo através da educação dos mais jovens.

Da varanda do Palácio Apostólico vaticano na Praça de São Pedro, o pontífice, que, ao contrário de seu antecessor, Bento XVI, passa o verão no Vaticano, quer ter próximos os muçulmanos que recentemente viveram o fim do mês do Ramadã, os quais chamou de 'irmãos'.

'Gostaria de dedicar uma saudação aos muçulmanos do mundo inteiro, a nossos irmãos, que há pouco realizaram a conclusão do mês do Ramadã, dedicado particularmente ao jejum, à reza e à esmola', afirmou Francisco.

'Como escrevi em minha mensagem por essa circunstância, desejo que os cristãos e os muçulmanos se comprometam a promover o respeito mútuo, especialmente através da educação das novas gerações', acrescentou.

Em uma manhã quente e ensolarada na Cidade do Vaticano, o líder religioso falou também sobre o desejo de encontrar Deus, cujo amor, segundo ele, é 'o verdadeiro tesouro do homem, o que dá sentido às pequenas coisas do dia a dia'.

'Perguntemo-nos: onde está meu tesouro? Qual é para mim a realidade mais importante, mais prezada, a realidade que atrai meu coração como um imã? Posso dizer que é o amor de Deus?', questionou.

'Alguém pode me responder: padre, eu sou alguém que trabalha, que tem família. Para mim, a realidade mais importante é a de levar adiante minha família, meu trabalho. Certamente é verdade, é importante, mas qual é a força que mantém a família unida? É exatamente o amor de Deus o que dá sentido aos pequenos compromissos diários e o que ajuda a enfrentar as grandes provas. Este é o verdadeiro tesouro do homem. E o amor de Deus não é algo vago, um sentimento genérico, o amor de Deus tem nome e rosto: Jesus Cristo', destacou.

De acordo com Francisco, é justamente o amor de Deus que dá sentido a todas as outras coisas: 'Não podemos amar o ar, mas amamos as pessoas. O amor de Deus dá valor e beleza a todo o resto: à família, ao trabalho, ao estudo, à amizade, à arte e a toda atividade humana', salientou o pontífice, que disse ainda que esse amor dá sentido inclusive a acontecimentos tidos pelas pessoas como ruins.

'Esse amor dá sentido também às experiências negativas, porque nos permite ir em frente, não ficar prisioneiros do mal, e sim ir além. Abre-nos sempre à esperança, ao horizonte final de nossa peregrinação. Assim, até os cansaços, quedas e pecados ganham um sentido, porque o amor de Deus nos perdoa', finalizou.

Francisco lembrou que na próxima quinta-feira será celebrada a festividade da Assunção de Maria, ocasião na qual irá à cidade de Castel Gandolfo, 30 quilômetros ao sul de Roma, para celebrar uma missa e dirigir a reza do Ângelus.

Deslocaram-se neste domingo até São Pedro do Vaticano membros do comitê contra a instalação de um novo aterro sanitário em Falcognana, ao sul da cidade, para chamar a atenção do papa.

Os manifestantes exibiram cartazes com palavras de ordem como 'papa Francisco, ajude' ou 'Estrago para o Amor Divino', em referência ao santuário próximo aos terrenos que receberão o novo aterro, contra o que também protestam os religiosos do lugar. EFE

Acompanhe tudo sobre:CristãosMuçulmanosPapa FranciscoPapas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame