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Papa incentiva América Latina a buscar unidade na fé comum

O pontífice elogiou a convicção e a força do “grito da liberdade” durante a luta independentista da região contra as potências europeias 200 anos atrás


	Papa Francisco: o pontífice exortou os povos do continente a usarem o Evangelho “como maneira de unir nossas esperanças, preocupações, ideais e até visões utópicas”
 (Giampiero Sposito/AFP)

Papa Francisco: o pontífice exortou os povos do continente a usarem o Evangelho “como maneira de unir nossas esperanças, preocupações, ideais e até visões utópicas” (Giampiero Sposito/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2015 às 15h30.

Quito - O papa Francisco pediu às pessoas de toda a América Latina que se voltem para suas raízes cristãs em comum em busca de inspiração para resolver as diferenças, em missa celebrada diante de quase um milhão de católicos na capital equatoriana, nesta terça-feira.

Em sua homilia, o pontífice argentino elogiou a convicção e a força do “grito da liberdade” durante a luta independentista da região contra as potências europeias 200 anos atrás.

“Mas a história nos ensina que ela só progrediu uma vez que as diferenças pessoais foram postas de lado”, disse o papa à multidão reunida no Parque Bicentenário de Quito, diante do panorama das montanhas dos Andes, em seu terceiro dia de visita ao Equador.

O pontífice exortou os povos do continente a usarem o Evangelho “como maneira de unir nossas esperanças, preocupações, ideais e até visões utópicas”.

Dezenas de milhares de pessoas enfrentaram o vento e a chuva para acamparem no local da missa do papa de segunda para terça-feira. Mais tarde o clima mudou, e o serviço foi realizado debaixo de um sol forte.

Isabel Pavon, de 55 anos, foi com os dois filhos pequenos, um menino e uma menina que levavam pequenas cruzes de madeira. “É uma enorme alegria estar aqui”, disse ela, apertada junto a uma cerca de segurança. “Ele é o nosso papa, o papa do povo”.

Francisco está visitando três das menores e mais pobres nações de sua nativa América do Sul durante a turnê de uma semana.

Protestos políticos vinham abalando o Equador, país de 15 milhões de habitantes presidido pelo esquerdista Rafael Correa, antes da chegada do pontífice, mas sua presença acalmou temporariamente as manifestações.

Correa, que compareceu à missa desta terça, teve uma conversa particular com o papa na noite de segunda-feira no palácio presidencial, depois que Francisco voltou da cidade costeira de Guayaquil, onde rezou uma missa para 800 mil pessoas.

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