Papa Francisco: líder católico já visitou Brasil, Bolívia, Equador, Paraguai, Cuba, México e Colômbia ao longo de seus cinco anos de atuação (Andrew Burton/Getty Images/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2018 às 06h01.
Última atualização em 15 de janeiro de 2018 às 07h19.
O papa Francisco inicia nesta segunda-feira sua sexta viagem pela América Latina. O roteiro, que vai contar com passagem por Chile e Peru, se estende até o dia 21 de janeiro.
Mais uma vez, a Argentina, país natal do pontífice, vai ficar de fora do percurso. Há quem diga que o primeiro papa latino-americano da história não quer que sua mensagem seja confundida com intervenção política em seu país.
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Dos países da América Latina, o papa já visitou Brasil, Bolívia, Equador, Paraguai, Cuba, México e Colômbia ao longo de seus cinco anos de atuação.
Agora, assim que aterrissar no Chile, será recebido pela presidente Michelle Bachelet. A primeira missa dele no país, intitulada Missa pela Paz e pela Justiça, será celebrada na terça. Depois, o papa faz sua primeira visita a uma penitenciária feminina.
No dia 17, o papa Francisco realiza um encontro com indígenas da etnia mapuche, que reivindicam politicamente a demarcação de suas terras e entram constantemente em conflito com o poder público.
No Peru, para onde segue no dia 18, também realizará encontros com povos indígenas da região amazônica, em Puerto Maldonado, região marcada pela pobreza e exploração das comunidades.
Em sua viagem, o papa segue confirmando seu lugar como defensor dos oprimidos e excluídos, num momento conturbado para a política dos dois países.
No Chile, o momento é de transição: em março, Bachelet passa o comando para o seu opositor de centro-direita Sebastián Piñera, empresário bilionário que será presidente pela segunda vez.
No Peru, protestos têm tomado as ruas desde que o presidente Pedro Paulo Kuczynski foi acusado de envolvimento em esquema de corrupção e desde que concedeu indulto humanitário a Alberto Fujimori, ex-ditador preso pelos massacres cometidos durante seu governo.
A visita do papa será importante para lembrar que os políticos passam, mas os desafios ficam.