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Papa Francisco diz ser a favor de educação sexual nas escolas

"Sexo é um dom de Deus não é um monstro", afirmou o pontífice ao defender a educação sexual nas escolas em vez de uma "ideologia qualquer"

Papa: ao falar sobre o aborto, Francisco afirmou que a "mensagem da misericórdia é para todos" (Vatican Media/Reuters)

Papa: ao falar sobre o aborto, Francisco afirmou que a "mensagem da misericórdia é para todos" (Vatican Media/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de janeiro de 2019 às 11h53.

A bordo do avião papal - No caminho de volta do Panamá, onde participou da Jornada Mundial da Juventude, o papa Francisco fez uma coletiva de imprensa e abordou alguns temas, entre eles a educação sexual nas escolas, que ele defendeu como necessário.

O papa falou sobre a importância da educação sexual no ambiente escolar ao responder ao questionamento de um dos 70 jornalistas sobre a gravidez precoce em alguns países do continente americano e a falta que desta disciplina nos colégios do Panamá

"Creio que nas escolas é preciso dar educação sexual. Sexo é um dom de Deus não é um monstro. É o dom de Deus para amar e se alguém o usa para ganhar dinheiro ou explorar o outro, é um problema diferente. Precisamos oferecer uma educação sexual objetiva, como é, sem colonização ideológica", explicou.

O pontífice também afirmou que é importante escolher bem os professores que trabalharão o assunto e que o ideal seria o debate começar em casa, entre as crianças e os pais.

"Nem sempre é possível por causa de muitas situações familiares, ou porque não sabem como fazê-lo. A escola compensa isso e deve fazê-lo, caso contrário, resta um vazio que é preenchido por qualquer ideologia", disse.

Francisco também falou sobre o aborto ao ser perguntado sobre a sua mensagem de misericórdia para o sofrimento das mulheres nesta situação. Segundo ele, "a mensagem da misericórdia é para todos".

"É preciso estar no confessionário, ali deve dar consolo e por isso concedi a todos os padres a faculdade de absolver o aborto, por misericórdia", lembrou.

O problema, explicou, não é dar o perdão, mas acompanhar essas mulheres e não atacar.

"O drama do aborto, para ser bem entendido, precisa estar num confessionário. É terrível", declarou.

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