O Papa Francisco durante a audiência geral na Praça de São Pedro: o anúncio oficial poderá ser feito nas semanas posteriores ao Natal, segundo uma fonte vaticana (ALBERTO PIZZOLI)
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2013 às 06h22.
Jerusalém - O Papa Francisco fará uma breve visita a Israel e aos Territórios Palestinos em 25 de maio, em sua primeira viagem à Terra Santa desde que assumiu o pontificado, afirmou nesta quinta-feira o jornal israelense Yediot Aharonot.
De acordo com o jornal, a visita durará apenas 48 horas. As autoridades do Estado hebreu estariam decepcionadas com a curta visita, lamentando principalmente que o pontífice vá celebrar uma missa apenas em Belém - cidade palestina autônoma da Cisjordânia -, mas não em Jerusalém, ou Nazaré, completa o jornal.
"A Autoridade Palestina será a principal beneficiada, pois ganhará mais importância internacional", criticou o "site" israelense Ynet.
Questionado pela AFP, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, não quis comentar nenhum tipo de agenda, pois "corresponde ao Papa decidir e anunciar uma viagem desse tipo". Ele admitiu, porém, que houve "preparativos, contatos e uma visita" de representantes do Vaticano aos lugares indicados.
O anúncio oficial poderá ser feito nas semanas posteriores ao Natal, segundo uma fonte vaticana.
O Yediot Aharonot explica que a agenda "vazada" para o jornal não é definitiva e que uma delegação da Santa Sé foi a Israel esta semana para discutir os detalhes.
O jornal informou que o papa começará seu périplo em 24 de maio, na Jordânia, e no domingo, 25, seguirá para Israel, onde se reunirá com lideranças religiosas, com o presidente Shimon Peres e com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Em Jerusalém, visitará os lugares santos do Cristianismo, o Muro das Lamentações e o Memorial do Holocausto, de Yad Vachem. No dia 26, Francisco vai a Belém.
No cargo desde março, o papa argentino foi convidado a visitar os locais santos do Cristianismo por Peres e pelo presidente palestino, Mahmud Abbas.
Em 2000, o então Papa João Paulo II fez uma peregrinação de seis dias pela Terra Santa. Já Bento XVI ficou cinco dias na região em 2009.