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Papa faz chamado por Oriente Médio e liberdade de fé

Pontífice lançou um "chamado para que seja respeitado o direito de todos a uma vida digna e a professar livremente a própria fé"

Papa Francisco durante sua audiência geral na Praça de São Pedro, no Vaticano (Max Rossi/Reuters)

Papa Francisco durante sua audiência geral na Praça de São Pedro, no Vaticano (Max Rossi/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2013 às 16h21.

Cidade do Vaticano - "Quanto sobra da noite" para o Oriente Médio, para os cristãos, os "perseguidos", para "as pessoas de todas as fés privadas de um futuro?", se perguntou hoje, dia 21, o papa Francisco, ao lançar um "chamado para que seja respeitado o direito de todos a uma vida digna e a professar livremente a própria fé".

Além disso, ele recordou "que provocam grande preocupação as condições de vida dos cristãos, que em muitas partes do Oriente Médio padecem de dura forma as consequências das tensões e conflitos em curso. Síria, Iraque, Egito e outras áreas da Terra Santa, derramam sangue".

"Não nos resignamos", exortou, relançando uma invocação dos últimos Papas, "a pensar no Oriente Médio sem os cristãos, que há dois mil anos confessam o nome de Jesus, incluídos como cidadãos de pleno direito na vida social, cultural e religiosa, das nações as quais pertencem".

O papa Francisco falou hoje sobre o Oriente Médio em duas ocasiões distintas, mas interligadas: primeiro encontrou os patriarcas das igrejas orientais, escutando suas histórias, dirigindo um discurso a eles, e, em seguida, concedeu uma audiência aos participantes da Sessão Plenária da Congregação para as Igrejas Orientais, quando fez outro discurso.

Nove patriarcas participaram da primeira reunião, entre eles o Cardeal Bechara Boutros Rai e o patriarca latino de Jerusalém, Fouad Twal. Também esteve presente o Secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, e a cúpula da Congregação para as Igrejas Orientais, com o prefeito, o argentino Leonardo Sandri.

No primeiro discurso, Jorge Mario Bergoglio, entre outras coisas, citou muitas frases de Bento XVI, insistiu na unidade das igrejas orientais, entre si e com Roma, favorecendo o consenso e apreciou as riquezas que o Oriente pode compartilhar com a Igreja universal.

Cada patriarca e religioso falou sobre sua visão da "situação dos cristãos do Oriente" e, assim como Francisco, reforçaram a preocupação do "bispo de Roma" com aqueles que vivem no Oriente Médio, em particular os cristãos.

O Papa também refletiu sobre o legado que a visão do Concílio Vaticano II pode ter na relação entre as Igrejas do Oriente e Roma.

Em particular, ele citou a Lumen Gentium -- (Luz dos Povos, em tradução do latim), um dos mais importantes textos do Concílio --, a relação entre o fundamento bíblico do primado petrino e da comunhão com as igrejas particulares.

O Pontífice ainda convidou os religiosos a uma "renovada vitalidade para expressar aos órgãos consultivos existentes entre cada uma das Igrejas com a Santa Sé". *Giovanna Chirri é vaticanista da agência ANSA e foi a primeira jornalista a noticiar a renúncia do papa Bento XVI. Ela traduziu o anúncio, em latim, feito pelo Pontífice.

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