Mundo

Papa defende prudência para uso da liberdade de expressão

Francisco fez referência ao atentado contra a sede do semanário francês "Charlie Hebdo" quando perguntado se foi mal-interpretado pela imprensa

Papa Francisco: "A prudência deve regular nossas relações" (Stefano Rellandini/Reuters)

Papa Francisco: "A prudência deve regular nossas relações" (Stefano Rellandini/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2015 às 17h26.

O papa Francisco defendeu nesta segunda-feira que é preciso ser prudente com a liberdade de expressão ao ser questionado sobre a recente afirmação de que responderia com "um murro" quem ofendesse sua mãe.

Em entrevista concedida no voo entre Manila, capital das Filipinas, e Roma, Francisco fez referência ao atentado contra a sede do semanário francês "Charlie Hebdo" quando perguntado se foi mal-interpretado pela imprensa.

"Eu não posso insultar, provocar uma pessoa continuamente porque corro o perigo de que ela se irrite. Corro o risco de receber uma resposta injusta. É algo humano", afirmou.

"A liberdade de expressão tem que levar em conta a realidade humana e tem que ser prudente", completou.

Na última quinta-feira, o papa defendeu que as religiões não podem ser objetos de ofensas ou piadas porque esse tipo de atitude pode gerar reações.

E citou como exemplo que, se alguém insultasse sua mãe, poderia levar "um murro".

"Em teoria, podemos dizer que não se deve ter uma reação violenta frente a uma ofensa o provocação. Em teoria, podemos dizer que contamos com a liberdade de expressão e isso é importante. Na teoria estamos todos de acordo, mas na prática somos humanos e deve existir a prudência", explicou.

"A prudência deve regular nossas relações", resumiu Francisco.

Acompanhe tudo sobre:Ataques terroristasPapa FranciscoPapasReligiãoTerrorismo

Mais de Mundo

Israel prossegue com bombardeios no Líbano e em Gaza

Em Buenos Aires, Macron presta homenagem a vítimas da ditadura argentina

Ucrânia denuncia ataque russo em larga escala contra sistema de energia

Biden visita a Amazônia em meio a temores com retorno de Trump ao poder