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Papa condena agiotagem após crescimento na Itália

Comentários do papa em sua audiência geral coincidiram com estatísticas divulgadas nesta quarta-feira pela polícia tributária do país

Papa Francisco segura um papagaio dado por um fiel durante a audiência de quarta-feira na Praça de São Pedro, no Vaticano (Osservatore Romano/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2014 às 19h23.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco condenou nesta quarta-feira a agiotagem em ascensão na Itália , já que empresas e famílias enfrentam dificuldades para pagar as contas, e qualificou a atividade como uma chaga social desumana que tem de ser combatida.

Os comentários do papa em sua audiência geral coincidiram com estatísticas divulgadas nesta quarta-feira pela polícia tributária do país, as quais revelam que foram apreendidos 168 milhões de euros de agiotas em 2013, um aumento de 1.250 por cento em relação ao ano anterior.

"Quando uma família não tem nada para comer porque tem de fazer pagamentos a usurários, isso não é cristão, não é humano", disse o papa.

"Essa chaga dramática em nossa sociedade prejudica a dignidade inviolável da pessoa humana", afirmou ele, expressando apoio aos grupos italianos que ajudam famílias e empresas, os quais estavam participando da audiência.

Várias associações católicas na Itália ajudam vítimas de agiotas. De acordo com a Abele, uma entidade social católica, as pessoas que fazem empréstimos ilegalmente estão ligadas ao crime organizado e cobram taxas anuais de juros que chegam a alcançar 1.500 por cento em alguns casos. A taxa anual costuma ficar entre 150 e 400 por cento.

A Itália luta para sair de uma recessão de dois anos que diminuiu a renda familiar e aumentou o desemprego a níveis recordes, enquanto a disponibilidade do crédito oferecido pelos bancos tornou-se mais limitada e difícil.

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"Quando uma família não tem nada para comer porque tem de fazer pagamentos a usurários, isso não é cristão, não é humano", disse o papa.

"Essa chaga dramática em nossa sociedade prejudica a dignidade inviolável da pessoa humana", afirmou ele, expressando apoio aos grupos italianos que ajudam famílias e empresas, os quais estavam participando da audiência.

Várias associações católicas na Itália ajudam vítimas de agiotas. De acordo com a Abele, uma entidade social católica, as pessoas que fazem empréstimos ilegalmente estão ligadas ao crime organizado e cobram taxas anuais de juros que chegam a alcançar 1.500 por cento em alguns casos. A taxa anual costuma ficar entre 150 e 400 por cento.

A Itália luta para sair de uma recessão de dois anos que diminuiu a renda familiar e aumentou o desemprego a níveis recordes, enquanto a disponibilidade do crédito oferecido pelos bancos tornou-se mais limitada e difícil.

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