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Papa alerta para risco de EI entrar na Europa com refugiados

"Ninguém disse que Roma estaria imune a essa ameaça", afirmou o pontífice


	O papa Francisco, em Roma: "a verdade é que a apenas 400 quilômetros da Sicília há um grupo terrorista incrivelmente cruel"
 (Alberto Pizzoli/AFP)

O papa Francisco, em Roma: "a verdade é que a apenas 400 quilômetros da Sicília há um grupo terrorista incrivelmente cruel" (Alberto Pizzoli/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2015 às 10h51.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco advertiu sobre o risco de militantes entrarem na Europa em meio a uma enorme onda de refugiados que fogem da guerra na Síria, mas disse também que a crise migratória pode ajudar a despertar a consciência do continente europeu.

Em entrevista à emissora católica portuguesa Rádio Renascença, divulgada nesta segunda-feira, o papa se referiu ao risco de que o Estado Islâmico, que já matou cristãos e outras minorias no Oriente Médio, possa lançar ataques na Europa.

"É verdade, eu também quero reconhecer que hoje em dia as condições de segurança territoriais não são as mesmas que havia em outros períodos (de imigração em massa)", disse ele na entrevista.

"A verdade é que a apenas 400 quilômetros da Sicília há um grupo terrorista incrivelmente cruel. Portanto, há risco de infiltração, isso é verdade." Especialistas em segurança dizem ser pequeno o risco de militantes entrarem ilegalmente na Europa dessa forma.

Perguntado se Roma poderia ser o alvo de um ataque, o papa disse: "Sim, ninguém disse que Roma estaria imune a essa ameaça. Mas pode-se tomar precauções".

Militantes do Estado Islâmico fizeram ameaças contra alvos católicos em Roma, os quais foram amplamente divulgados, e a segurança foi intensificada na Cidade do Vaticano e outros locais religiosos na Itália que atraem muitos peregrinos e turistas.

Em 6 de setembro, o papa apelou para que cada paróquia católica, a comunidade religiosa e santuários na Europa abrigassem uma família de refugiados, dizendo que iria dar o exemplo, hospedando duas famílias nas paróquias dentro do Vaticano.

"Essas pessoas pobres estão fugindo da guerra, a fome, mas essa é a ponta do iceberg porque por baixo está a causa;. E a causa é um sistema socioeconômico ruim e injusto ...", disse ele na entrevista.

Perguntado se a crise dos refugiados poderia ser uma ocasião positiva para a Europa e um novo despertar da consciência do continente, o papa respondeu que "poderia ser".

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