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Pânico causa falta de gasolina no Reino Unido; entenda

A escassez de combustível foi registrada, sobretudo, nos postos de gasolina das áreas urbanas do país

Reino Unido: Filas em posto de gasolina de Camberley, perto de Londres, em 26 de setembro de 2021 (AFP/AFP)

Reino Unido: Filas em posto de gasolina de Camberley, perto de Londres, em 26 de setembro de 2021 (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 27 de setembro de 2021 às 09h46.

A escassez de combustível no Reino Unido se deve "pura e simplesmente às compras motivadas pelo pânico", afirmou nesta segunda-feira (27) à BBC o presidente da 'Petrol Retailers Association' (PRA), a associação de postos de gasolina do país.

"Um de nossos membros recebeu um carregamento ao meio-dia e no fim da tarde já havia acabado completamente", afirmou Brian Madderson, presidente da PRA.

A escassez de combustível foi registrada, sobretudo, nos postos de gasolina das áreas urbanas do país, enquanto a Irlanda do Norte não parece ter sido afetada por esta situação, disse Madderson.

O aumento da demanda por gasolina levou a PRA a advertir que até dois terços de seus membros, quase 5.500 postos de gasolina independentes dos 8.000 no país, tinham pouca quantidade de combustível no domingo e os demais estavam "quase sem nada".

Ao canal Sky News, Madderson atribuiu o movimento de pânico ao "vazamento de um relatório confidencial da empresa BP durante uma reunião do governo". O documento foi divulgado na quarta-feira e acompanhado por "compras motivadas pelo pânico na quinta-feira, sexta-feira, sábado e ontem", completou.

Nos últimos dias, apesar das tentativas do governo de tranquilizar a população, muitos cidadãos correram para os postos de gasolina, com o temor de falta de combustível, ao observa a escassez de alguns alimentos nos mercados.

A escassez se deve, sobretudo, à falta de motoristas, o que levou o governo britânico a alterar no sábado a política de imigração pós-Brexit e conceder até 10.500 vistos de trabalho provisórios, de três meses.

Além disso, de acordo com a imprensa britânica, o governo contempla recorrer ao exército, a curto prazo, para enfrentar a escassez.

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