Acompanhe:

Panamá dá prazo de colaboração com Justiça por caso Odebrecht

Os EUA revelaram que a Odebrecht pagou no Panamá, entre 2010 e 2014, mais de US$ 59 milhões em subornos, mas a cifra possa ser mais alta

Modo escuro

Continua após a publicidade
Odebrecht: Até o momento, o Panamá realiza seis investigações pelos subornos pagos pela empreiteira. (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Odebrecht: Até o momento, o Panamá realiza seis investigações pelos subornos pagos pela empreiteira. (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

A
AFP

Publicado em 21 de fevereiro de 2017 às, 22h52.

Os envolvidos no escândalo de subornos da empreiteira Odebrecht no Panamá têm até o dia 1º de junho para colaborar com a Justiça em troca de benefícios legais, anunciou nesta terça-feira a procuradora-chefe panamenha, Kenia Porcell.

A funcionária disse em coletiva de imprensa que, a partir desta data, a Procuradoria brasileira facilitará o fornecimento de informações, até agora confidenciais, aos diferentes países envolvidos no esquema.

Além disso, procuradores panamenhos viajarão para Andorra, Estados Unidos e Suíça em busca de informação sobre os milionários subornos da Odebrecht no Panamá.

"Todos os que foram processados" no país "têm a chance de - se assim desejarem e ao conversarem com suas defesas - de aceitar os fatos que lhes imputam e fornecer informação essencial", manifestou Porcell.

Se assim o fizerem antes de 1º de junho, poderão ser favorecidos com um "benefício legal", acrescentou Porcell, em referência à delação premiada.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos revelou que a Odebrecht pagou no Panamá, entre 2010 e 2014, mais de 59 milhões de dólares em subornos, mas Porcell acredita que essa cifra "possa ser muito mais" alta.

Até o momento, o Panamá realiza seis investigações pelos subornos pagos pela empreiteira. Uma delas se refere ao ano de 2006, quando a Odebrecht chegou ao Panamá durante o governo de Martín Torrijos (2004-2009).

Em outra, há 17 denunciados, entre eles dois filhos do ex-presidente Ricardo Martinelli (2009-2014), Ricardo e Luis Enrique Martinelli, com ordem de prisão da Interpol sob acusações de terem recebido mais de 20 milhões de euros em subornos da Odebrecht.

O irmão do ex-governante, Mario Martinelli, e vários ex-funcionários, também testemunharam no caso.

O governo apresentou na segunda-feira uma querela criminal contra a empreiteira para recuperar os milhões de dólares pagos em suborno.

Porcell também manifestou que a Procuradoria panamenha continuará fornecendo informações a outros países sobre sociedades obscuras e contas bancárias no país "para continuar desarticulando os altos níveis de corrupção".

Últimas Notícias

Ver mais
Jair Renan Bolsonaro vira réu por suposta fraude em empréstimo bancário
Brasil

Jair Renan Bolsonaro vira réu por suposta fraude em empréstimo bancário

Há 16 horas

Índia: prisão de opositor do premiê Modi desencadeia protestos, a menos de um mês de eleições
Mundo

Índia: prisão de opositor do premiê Modi desencadeia protestos, a menos de um mês de eleições

Há 5 dias

Presidente do Vietnã renuncia em meio a escândalo de corrupção
Mundo

Presidente do Vietnã renuncia em meio a escândalo de corrupção

Há uma semana

Presidente do Vietnã renuncia após um ano no cargo
Mundo

Presidente do Vietnã renuncia após um ano no cargo

Há uma semana

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais