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Países devem crescer 7,5% ao ano para eliminar pobreza

Segundo relatório do Banco Mundial, América Latina e Caribe devem dobrar média de crescimento da última década para resolver o problema até 2030

O presidente do BM, Jim Yong Kim: em abril, Jim Yong Kim anunciou dois objetivos para 2030: eliminar a extrema pobreza mundial e aumentar a qualidade de vida para 40% da população (Frank Robichon/AFP)
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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2013 às 13h37.

Washington - A América Latina e o Caribe precisam dobrar a média de crescimento da última década e alcançar 7,5% ao ano para eliminar a pobreza extrema até 2030, meta estabelecida pelo Banco Mundial (BM) este ano, de acordo com um relatório da entidade publicado nesta sexta-feira.

A região precisa manter uma política fiscal equitativa, fortalecer sua instituições, apoiar uma economia de mercado e lutar contra o endividamento para contribuir para o alcance da meta, explica o relatório.

"A América Latina e o Caribe registraram progressos impressionantes na redução da pobreza extrema nos últimos 15 anos, quebrando as tendências históricas", diz o relatório.

A pobreza extrema é definida pelo Banco Mundial por uma renda de menos de 2,50 dólares ao dia. Em 1995, 26,3% dos latino-americanos viviam abaixo da linha da pobreza, e esse percentual foi reduzido pela metade (13,3%) em 2011.

Em abril, o presidente do Banco Mundial Jim Yong Kim anunciou dois objetivos para 2030: eliminar a extrema pobreza em todo o mundo e atingir um aumento substancial na qualidade de vida para 40% da população com menor renda (4 dólares por dia).

A América Latina é a região mais desigual do mundo, com grandes diferenças entre os mais pobres e os mais ricos, mas também mostra grandes diferenças nos resultados dessa luta.


Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai foram os países mais dinâmicos nos últimos 15 anos, seguidos pela região andina e, finalmente, México e América Central.

No Cone Sul, a pobreza extrema afeta atualmente 10,6% da população, na região andina chega a 15,2% e no México e América Central 16,4%, chegando a um total de cerca de 80 milhões de latino-americanos.

Segundo cálculos do Banco Mundial, "se a taxa de crescimento se manter em média em 3,1% e a redução da desigualdade no mesmo ritmo, a América Latina e o Caribe vão precisar de 41 anos para atingir os países com os melhores resultados".

"Isso significa que apenas em 2052 os latino-americanos vão ter uma qualidade de vida equivalente aos cidadãos dos países desenvolvidos em 2000", explica o informe em suas conclusões.

O crescimento precisa alcançar o mercado interno e em menor medida das exportações de matérias-primas agrícolas, insistem os especialistas.

A renda dos trabalhadores deve aumentar, sem contar com o auxílio excessivo de fundos públicos, aconselha.

E a região deve prosseguir com suas reformas e na luta contra a discriminação por raça e gênero.

"Micro reformas deste tipo exigem que os mais privilegiados na região concordem com algumas reformas necessárias para ampliar a divisão das riqueza entre todos", conclui o texto.

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Washington - A América Latina e o Caribe precisam dobrar a média de crescimento da última década e alcançar 7,5% ao ano para eliminar a pobreza extrema até 2030, meta estabelecida pelo Banco Mundial (BM) este ano, de acordo com um relatório da entidade publicado nesta sexta-feira.

A região precisa manter uma política fiscal equitativa, fortalecer sua instituições, apoiar uma economia de mercado e lutar contra o endividamento para contribuir para o alcance da meta, explica o relatório.

"A América Latina e o Caribe registraram progressos impressionantes na redução da pobreza extrema nos últimos 15 anos, quebrando as tendências históricas", diz o relatório.

A pobreza extrema é definida pelo Banco Mundial por uma renda de menos de 2,50 dólares ao dia. Em 1995, 26,3% dos latino-americanos viviam abaixo da linha da pobreza, e esse percentual foi reduzido pela metade (13,3%) em 2011.

Em abril, o presidente do Banco Mundial Jim Yong Kim anunciou dois objetivos para 2030: eliminar a extrema pobreza em todo o mundo e atingir um aumento substancial na qualidade de vida para 40% da população com menor renda (4 dólares por dia).

A América Latina é a região mais desigual do mundo, com grandes diferenças entre os mais pobres e os mais ricos, mas também mostra grandes diferenças nos resultados dessa luta.


Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai foram os países mais dinâmicos nos últimos 15 anos, seguidos pela região andina e, finalmente, México e América Central.

No Cone Sul, a pobreza extrema afeta atualmente 10,6% da população, na região andina chega a 15,2% e no México e América Central 16,4%, chegando a um total de cerca de 80 milhões de latino-americanos.

Segundo cálculos do Banco Mundial, "se a taxa de crescimento se manter em média em 3,1% e a redução da desigualdade no mesmo ritmo, a América Latina e o Caribe vão precisar de 41 anos para atingir os países com os melhores resultados".

"Isso significa que apenas em 2052 os latino-americanos vão ter uma qualidade de vida equivalente aos cidadãos dos países desenvolvidos em 2000", explica o informe em suas conclusões.

O crescimento precisa alcançar o mercado interno e em menor medida das exportações de matérias-primas agrícolas, insistem os especialistas.

A renda dos trabalhadores deve aumentar, sem contar com o auxílio excessivo de fundos públicos, aconselha.

E a região deve prosseguir com suas reformas e na luta contra a discriminação por raça e gênero.

"Micro reformas deste tipo exigem que os mais privilegiados na região concordem com algumas reformas necessárias para ampliar a divisão das riqueza entre todos", conclui o texto.

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