Mundo

Países da UE fornecerão armas, inclusive letais, à Ucrânia

Poroshenko indicou que a situação nas regiões de Donetsk e Lugansk, onde vigora desde 12 de fevereiro um cessar-fogo, melhorou nas últimas semanas

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de março de 2015 às 08h55.

Kiev - Onze países da União Europeia assinaram contratos para fornecer a Ucrânia armamento, incluídos os letais, afirmou o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, em entrevista exibida ontem à noite pelo canal de televisão local '11'.

'Já temos assinados contratos para a provisão de armas, incluídas as letais, com 11 países da UE', disse o líder da Ucrânia, que pediu várias vezes aos Estados Unidos e a outros países do Ocidente que facilitem armamento moderno a Kiev para lutar contra os separatistas pró-Rússia no leste do país.

Por outro lado, Poroshenko indicou que a situação nas regiões de Donetsk e Lugansk, onde vigora desde 12 de fevereiro um cessar-fogo, melhorou nas últimas semanas, principalmente depois do recuo do armamento pesado dos dois lados do front.

'O fato de que já há vários dias não haja mortos em combate é um claro testemunho de que a tensão diminuiu' na zona do conflito, apontou o presidente ucraniano.

Segundo ele, a maioria dos ataques das milícias rebeldes contra as posições ucranianas acontecem em dois pontos muito específicos: o aeroporto de Donetsk e a cidade de Shirokino, a cerca de 20 quilômetros de Mariupol.

'No entanto não debilitamos nossa capacidade defensiva. Empregamos este tempo (de tranquilidade no front) para reparar o armamento, realizar manobras militares intensivas, e inclusive para habilitar campos de minas nas zonas mais sensíveis para ofensivas com tanques', ressaltou Poroshenko.

O presidente ucraniano se referiu ainda à delimitação das zonas controladas pelos separatistas, a concessão de um status especial de autogoverno a esses territórios e a realização de eleições locais, tudo incluído nos acordos de paz assinados em Minsk mês passado.

Poroshenko reiterou que as competências especiais de autogoverno serão dadas unicamente as regiões de Donetsk e Lugansk, controladas pelos rebeldes em 19 de setembro de 2014, quando o Memorando de Minsk foi assinado, e não os territórios conquistados a partir dessa data.

'As autoridades ucranianas garantirão as competências especiais de autogoverno local somente quando as eleições locais livres e democráticas forem realizadas, e elas não poderão ser convocadas até que suas condições se ajustem às exigências da OSCE', explicou o presidente.

'Todos os grupos armados estrangeiros deverão abandonar esses territórios. Deve se restabelecer ali a difusão da televisão e da rádio ucranianas, a atividade dos partidos políticos, e as garantias para uma plena campanha eleitoral e a presença de observadores estrangeiros', assinalou Poroshenko.

Enquanto isso, a autoproclamada república popular de Donetsk (RPD) deu ontem um prazo de 24 horas para a Ucrânia para delimitar as zonas com status especial.

Os separatistas pró-Rússia pediram ao presidente francês, François Hollande, e à chanceler alemã, Angela Merkel, que pressionem as autoridades ucranianas para que cumpram os acordos de paz de Minsk.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrises em empresasEuropaGuerrasRússiaUcrâniaUnião Europeia

Mais de Mundo

Líderes da oposição rejeitam proposta de novas eleições na Venezuela

Casa Branca diz que Biden entendeu errado pergunta sobre novas eleições na Venezuela

Biden e Kamala fazem campanha juntos pela primeira vez para celebrar vitória econômica

Trump pede adiamento de sentença de caso criminal em Nova York para depois de eleições

Mais na Exame