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Pais identificam 77 meninas sequestradas na Nigéria

Pais das meninas sequestradas pela seita radical Boko Haram reconheceram 77 das mais de 200 menores raptadas no vídeo divulgado nessa semana

Jovens nigerianas sequestradas pelo Boko Haram: Nigéria sofre múltiplas tensões  (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 09h28.

Lagos - Os pais das meninas sequestradas pela seita radical Boko Haram, no norte da Nigéria , reconheceram 77 das mais de 200 menores raptadas no vídeo divulgado nesta semana pelo grupo radical, informou nesta quarta-feira a imprensa local.

Parentes das estudantes, sequestradas hoje há um mês, reuniram-se ontem em Maiduguri, capital do Estado de Borno (onde as meninas foram sequestradas), para ver o vídeo no qual cerca de cem de meninas raptadas pela milícia apareciam vestidas com véus islâmicos.

Pais, colegas da escola de Chibok de onde foram raptadas e representantes do governo regional de Borno puderam identificar 77 meninas nas imagens, que foram analisadas durante o dia todo e parte da noite de ontem, segundo o jornal digital "This Day".

O fato de alguns pais não terem conseguido identificar fez com que surgissem especulações sobre a possibilidade de algumas das meninas que aparecem no vídeo terem sido raptadas antes de 14 de abril em outras localidades de Borno.

Os nomes das menores identificados estão sendo comparados com os registros da escola onde foram raptadas pelos fundamentalistas, explicou o governador de Borno, Kashim Shettima.

"A missão continua e se espera que os pais, estudantes e professores apresentem mais nomes", acrescentou.

O presidente do Senado da Nigéria, David Mark, garantiu que o governo federal garantirá o resgate das meninas.

Sobre as declarações de vários porta-vozes governamentais que não descartaram ontem a opção de negociar com Boko Haram -que condicionou o fim do sequestro das meninas à libertação de seus presos- Mark assegurou que a "Nigéria não negociará com terroristas sob nenhuma circunstância".

"Se negociamos com eles, pegarão mais pessoas e teremos que voltar a negociar", advertiu em entrevista à Agência de Notícias da Nigéria (NAN).

Boko Haram, que significa em língua local "a educação não islâmica é pecado", luta para impor a "sharia" (lei islâmica) na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.

Desde que a polícia matou em 2009 o líder do Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que deixou mais de três mil mortos.

Com 170 milhões de habitantes integrados em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais populoso da África, sofre múltiplas tensões por suas profundas diferenças políticas, religiosas e territoriais.

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Parentes das estudantes, sequestradas hoje há um mês, reuniram-se ontem em Maiduguri, capital do Estado de Borno (onde as meninas foram sequestradas), para ver o vídeo no qual cerca de cem de meninas raptadas pela milícia apareciam vestidas com véus islâmicos.

Pais, colegas da escola de Chibok de onde foram raptadas e representantes do governo regional de Borno puderam identificar 77 meninas nas imagens, que foram analisadas durante o dia todo e parte da noite de ontem, segundo o jornal digital "This Day".

O fato de alguns pais não terem conseguido identificar fez com que surgissem especulações sobre a possibilidade de algumas das meninas que aparecem no vídeo terem sido raptadas antes de 14 de abril em outras localidades de Borno.

Os nomes das menores identificados estão sendo comparados com os registros da escola onde foram raptadas pelos fundamentalistas, explicou o governador de Borno, Kashim Shettima.

"A missão continua e se espera que os pais, estudantes e professores apresentem mais nomes", acrescentou.

O presidente do Senado da Nigéria, David Mark, garantiu que o governo federal garantirá o resgate das meninas.

Sobre as declarações de vários porta-vozes governamentais que não descartaram ontem a opção de negociar com Boko Haram -que condicionou o fim do sequestro das meninas à libertação de seus presos- Mark assegurou que a "Nigéria não negociará com terroristas sob nenhuma circunstância".

"Se negociamos com eles, pegarão mais pessoas e teremos que voltar a negociar", advertiu em entrevista à Agência de Notícias da Nigéria (NAN).

Boko Haram, que significa em língua local "a educação não islâmica é pecado", luta para impor a "sharia" (lei islâmica) na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.

Desde que a polícia matou em 2009 o líder do Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que deixou mais de três mil mortos.

Com 170 milhões de habitantes integrados em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais populoso da África, sofre múltiplas tensões por suas profundas diferenças políticas, religiosas e territoriais.

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