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País cresceu com Lula, mas Dilma terá de fazer ajustes

Analistas apontam desequilíbrios como inflação em alta e câmbio valorizado

Dilma e Lula: presidente eleita terá que lidar com desequilíbrios deixados pelo antecessor (Antônio Cruz/ABr)
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Da Redação

Publicado em 1 de janeiro de 2011 às 11h45.

Há consenso de que o Brasil melhorou muito durante os dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e de que hoje o País atravessa uma das mais promissoras fases de sua história econômica. Para alguns analistas, porém, a política econômica piorou no segundo mandato, levando a desequilíbrios, como a inflação em alta, o déficit externo e o câmbio valorizado.

Críticos e defensores da política econômica de Lula acham necessário um ajuste no início do governo de Dilma Rousseff (PT) com maior controle da despesa pública. A diferença entre os dois grupos é que os primeiros defendem uma correção mais forte. “O governo Lula começou fazendo reformas microeconômicas extremamente importantes e termina a um passo do populismo econômico”, diz Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central. Já Marcos Lisboa, diretor executivo do Banco Itaú e ex-secretário de Política Econômica da Fazenda, na gestão de Antonio Palocci, considera que “são oito anos que terminam muito bem”.

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O Brasil cresceu em média 4% ao ano no governo Lula, bem mais que a média de 2,3% de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Além disso, como observa Nelson Barbosa, secretário executivo do Ministério da Fazenda de Dilma, “o que importa não é só o número mas a qualidade do crescimento no governo Lula”.

Assim, a renda dos 10% mais pobres cresceu a mais de 6% ao ano do fim de 2002 ao fim de 2009 (último dado disponível), enquanto a dos 10% mais ricos subiu 1,8% ao ano. No mesmo período, o número de miseráveis caiu de 16,5% para 8,4% da população, e o de pobres, de 38,3% para 23,9%. Cerca de 15 milhões de empregos formais foram criados no governo Lula, o triplo do registrado na era FHC. E a taxa de desemprego média de 2010, projetada em menos de 6,9%, é a menor desde 2002, início desta série. A classe C, a nova classe média popular, incorporou 29 milhões de brasileiros no governo Lula, e já corresponde a mais da metade da população. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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