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Pai de homem-bomba de Manchester diz que não esperava ataque

Ramadan Abedi, que foi detido pela força policial durante a entrevista, disse que seu filho falou à família que iria em peregrinação à Meca

Ramadan Abedi, pai de Salman Abedi: ele disse ter certeza de que o filho não era um membro do EI (Hani Amara/Reuters)

Ramadan Abedi, pai de Salman Abedi: ele disse ter certeza de que o filho não era um membro do EI (Hani Amara/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de maio de 2017 às 21h49.

Trípoli - O pai do homem-bomba que matou 22 pessoas em ataque durante um show em Manchester disse nesta quarta-feira à Reuters na capital líbia que havia conversado com o filho cerca de cinco dias atrás, por telefone, e que "tudo estava normal".

Ramadan Abedi, que foi detido pela força policial antiterrorismo de Trípoli durante a entrevista, disse que seu filho Salman falou à família que estava seguindo em peregrinação à Meca.

"Conversei com ele cerca de cinco dias atrás... não havia nada errado, estava tudo normal", afirmou Abedi, sem explicar onde o filho estava.

Abedi disse ter certeza de que Salman não era um membro do Estado Islâmico.

"Salman não pertence a nenhuma organização", disse. "A família está um pouco confusa porque Salman não possui esta ideologia, ele não mantém estas crenças", afirmou.

"Condenamos estes atos terroristas contra civis, pessoas inocentes."

Outro filho de Abedi, Hashem, foi detido na terça-feira à noite em Trípoli, sob suspeita de ligação com o Estado Islâmico, disse Ahmed Bin Salem, porta-voz da Força Especial de Dissuasão, também conhecida como Rada.

"Temos provas de que ele está envolvido com o Daesh (Estado islâmico) com seu irmão. Nós o seguimos há mais de um mês e meio", disse Bin Salem. "Ele estava em contato com seu irmão e sabia do ataque."

Ele acrescentou que Hashem, de 20 anos, viajou de Londres a Trípoli em 16 de abril.

Enquanto a Reuters estava entrevistando Abedi, vários veículos sem identificação com agentes da Rada fortemente armados chegaram até a casa da família no subúrbio de Trípoli, Ayn Zara, e o detiveram. A Rada não explicou o motivo da prisão.

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