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Otan segue indefinida sobre participação na Líbia

Organização fechou o planejamento técnico para a zona de exclusão área, mais ainda depende da aprovação de seus membros para participar das ações na Líbia

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen: dúvidas sobre o papel da organização (Sean Gallup/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2011 às 13h58.

Bruxelas - A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) fechou nesta terça-feira seu planejamento técnico para ajudar a impor a zona de exclusão aérea sobre a Líbia aprovada pelas Nações Unidas, mas segue sem um acordo que determine se vai participar dessa operação.

"A Otan completou seus planos para ajudar a aplicar a zona de exclusão, para dar nossa contribuição, se for necessário, de forma claramente definida, ao amplo esforço internacional para proteger o povo da Líbia da violência do regime de (Muammar) Kadafi", disse o secretário-geral do organismo, Anders Fogh Rasmussen, em comunicado.

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Com sua decisão, a Otan dá por fechada a fase de planejamento, cuja aprovação adiou no fim de semana passado pelas objeções de alguns países-membros.

Este acordo, no entanto, não quer dizer que a Otan vá efetivamente enviar aviões ou assumir a liderança das operações.

"Agora há uma discussão em curso sobre a aplicação da zona de exclusão", explicou uma fonte da organização, que assegurou que esse debate pode ser prolongado por dias.

Na quarta-feira os embaixadores dos países-membros voltarão a se reunir em Bruxelas para abordar o assunto.

Na Otan se discutem várias opções, que vão desde assumir o comando das operações aéreas da comunidade internacional até realizar uma operação paralela à liderada pela coalizão que iniciou os ataques.

Fontes da Otan admitiram nesta terça-feira que os membros mantêm opiniões divergentes sobre o papel que a Otan deve ter na Líbia.

A França - o primeiro país a bombardear alvos do regime de Kadafi - resiste a ceder o comando das operações à Otan.

A decisão da Otan é dificultada, além disso, pela postura de dois de seus membros - Turquia e Alemanha -, que tem algumas objeções quanto aos ataques internacionais contra Kadafi e se negam a participar.

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