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Otan pede revisão no processo de recrutamento no Afeganistão

Segundo o porta-voz da missão, entre os fatores que desencadeiam os ataques estão as disputas verbais e os desacordos entre as partes por conta de divergências culturais


	Soldado da Otan: o processo de retirada das tropas deve ser concluído em 2014 e transcorre em meio de uma das fases mais sangrentas da guerra afegã
 (Massoud Hossaini/AFP)

Soldado da Otan: o processo de retirada das tropas deve ser concluído em 2014 e transcorre em meio de uma das fases mais sangrentas da guerra afegã (Massoud Hossaini/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2012 às 12h51.

Cabul - A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) recomendou nesta segunda-feira que as autoridades do Afeganistão "revisem" os processos de recrutamento de suas Forças Armadas, após afirmar que ataques de membros do Exército do país contra tropas aliadas mataram 37 soldados estrangeiros em 2012.

Em entrevista coletiva em Cabul, o porta-voz da missão da Otan no país asiático (Isaf), Günter Katz, explicou que 27 ataques registrados por parte de policiais e militares afegãos causaram mortes de soldados da Otan.

Segundo o porta-voz da missão, entre os fatores que desencadeiam os ataques estão as disputas verbais e os desacordos entre as partes por conta de divergências culturais, problemas mentais e infiltração de insurgentes nos corpos de segurança.

Katz ressaltou a necessidade de "revisar o processo de recrutamento" das forças afegãs, que deveria incluir exames médicos, mentais, biométricos e análise de referências sobre o candidato para diminuir o número de incidentes armados.

As palavras do porta-voz da Isaf chegam depois que seis soldados americanos morreram em duas ações por parte de militares afegãos na semana passada, na província de Helmand.

As tropas internacionais começaram a deixar o país em julho de 2011 e a transferir gradualmente a responsabilidade da segurança ao Exército e à polícia do país.

O processo de retirada das tropas deve ser concluído em 2014 e transcorre em meio de uma das fases mais sangrentas da guerra afegã, que já dura mais de uma década, desde a invasão dos Estados Unidos e a queda do regime talibã. 

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