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Otan pede que Holanda e Turquia mostrem respeito mútuo após crise

Os países vivem uma crise diplomática suscitada pela rejeição holandesa a que ministros turcos façam comícios políticos em seu território

Jens Stoltenberg: os aliados devem "diminuir a tensão" para se concentrar em "desafios comuns" (Michaela Rehle/Reuters)

Jens Stoltenberg: os aliados devem "diminuir a tensão" para se concentrar em "desafios comuns" (Michaela Rehle/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de março de 2017 às 10h27.

Última atualização em 13 de março de 2017 às 10h28.

Bruxelas - O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, pediu nesta segunda-feira que Holanda e Turquia, como membros da Aliança, mostrem "respeito mútuo" e "diminuam a tensão" na crise suscitada pela rejeição holandesa de que ministros turcos façam comícios políticos em seu território.

"O debate está no coração de nossas democracias, e também o respeito mútuo", destacou Stoltenberg em entrevista coletiva ao ser perguntado pelo conflito diplomático entre os dois países.

Segundo disse, os aliados devem mostrar "respeito mútuo" e "diminuir a tensão" para se concentrar em "desafios comuns" que chegam de fora da Aliança.

"Perante ameaças comuns, a Otan se adapta, não devemos nos estabilizar no que nos divide", comentou o secretário-geral aliado.

Para o político norueguês, é "importante dialogar e entender que nos apoiamos uns a outros".

Stoltenberg lembrou que a presença da Otan na Turquia é "boa para a Turquia, mas também para a Europa e o resto da Aliança", perante a instabilidade em países vizinhos como o Iraque ou Síria.

"É de nosso interesse que trabalhemos juntos e afrontemos os desafios comuns", concluiu.

A Holanda impediu neste fim de semana a aterrissagem em seu território do ministro turco de Relações Exteriores, Mevlüt Çavusoglu, para celebrar um comício sobre o referendo constitucional de seu país, previsto para em 16 de abril.

Após a medida, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou o governo holandês de atuar com "remanescentes nazistas e fascistas", qualificou ao país de "república da banana" e ameaçou com sanções como resposta.

Perguntado pelo próximo referendo na Turquia, Stoltenberg disse que o respeita e que faz parte do processo democrático.

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