Mundo

Otan pede diálogo entre governo e oposição na Ucrânia

Aliança atlântica indicou que os fatos mais recentes nesta ex-república soviética tinham sido abordados e divulgou uma declaração conjunta


	O secretário de Estado americano, John Kerry: secretário pediu que o governo da Ucrânia "ouça as aspirações de seu povo"
 (AFP)

O secretário de Estado americano, John Kerry: secretário pediu que o governo da Ucrânia "ouça as aspirações de seu povo" (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2013 às 19h36.

São Paulo - Os 28 países membros da Otan pediram nesta terça-feira que o governo ucraniano e a oposição iniciem um diálogo, depois que o presidente Viktor Yanukovich rejeitou um acordo de associação com a União Europeia, provocando uma onda de manifestações.

De forma surpreendente, já que o assunto não estava na agenda da reunião de ministros das Relações Exteriores da Otan em Bruxelas, a aliança atlântica indicou que os fatos mais recentes nesta ex-república soviética tinham sido abordados e divulgou uma declaração conjunta.

"Condenamos o uso excessivo da força contra manifestantes pacíficos na Ucrânia", indicou a declaração.

"Pedimos que todas as partes evitem provocações e violência", acrescenta a Otan.

"Fazemos um apelo ao governo e à oposição para que iniciem um diálogo e um processo de reformas", acrescentou.

Os ministros indicaram que a Ucrânia, país "soberano, independente e estável, comprometido firmemente com a democracia e com o Estado de direito, é fundamental para a segurança Euro-Atlântica".

"A Otan continua comprometida no apoio ao processo de reformas na Ucrânia", conclui a declaração.

Ao término da reunião desta terça, o secretário de Estado americano, John Kerry, pediu que o governo da Ucrânia "ouça as aspirações de seu povo".

"A violência não tem lugar em um país moderno na Europa", acrescentou, classificando como "bastante extraordinário" a "poderosa mensagem de apoio pró-europeu expressada" pelos manifestantes".

Durante a manhã, um diplomata americano denunciou as "pressões" sofridas pela Moldávia por parte de seus "grandes vizinhos" depois da assinatura de dois acordos de associação e de livre comércio com a UE, assim como fez a Geórgia, no dia 29 de novembro.

No caso da Moldávia, "todas as suas exportações de vinho para a Rússia foram bloqueadas. Estamos trabalhando com a UE para ajudar a indústria vitivinícola moldava a encontrar novos mercados", explicou.

Kerry chegará na quarta à tarde a Chisinau, capital da Moldávia, para uma visita de algumas horas, a primeira de um secretário de Estado americano a esta ex-república soviética desde 1992.

A Ucrânia é um sócio da Otan, a aliança militar criada durante a Guerra Fria como um contrapeso à União Soviética, mas Moscou cultiva sua influência nas ex-repúblicas soviéticas e pressionou Kiev para que não assinasse o acordo de associação com a UE na semana passada.

Nesta terça, o governo ucraniano evitou uma moção de censura no Parlamento, pouco depois de o primeiro-ministro ter pedido desculpas pela violência na repressão policial aos manifestantes.

Acompanhe tudo sobre:Crise políticaOtanUcrânia

Mais de Mundo

Incêndio florestal na Califórnia destruiu área maior do que a de Los Angeles

Blinken preocupado com 'ações provocativas' da China nas imediações de Taiwan

Após críticas de Trump, FBI confirma que ele foi ferido por uma bala

Exército de Israel ordena novas evacuações no sul de Israel

Mais na Exame