Suécia: em uma cerimônia realizada sob garoa persistente, o secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg, içou a bandeira ao lado do primeiro-ministro sueco (AFP/AFP Photo)
Agência de notícias
Publicado em 11 de março de 2024 às 11h21.
Última atualização em 11 de março de 2024 às 11h54.
A bandeira da Suécia foi içada nesta segunda-feira, 11, na sede da Otan, em uma cerimônia que formalizou a adesão deste país como 32º Estado-membro, um passo para tornar a aliança militar "maior e mais forte".
Em uma cerimônia realizada sob uma garoa persistente, o secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg, içou a bandeira ao lado do primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson.
Instantes antes da cerimônia, Stoltenberg disse que a adesão da Suécia à Otan torna a aliança "maior e mais forte".
"A Ucrânia está mais perto de ser membro da Otan", complementou Stoltenberg pouco antes de receber o novo embaixador da Suécia ante o Conselho do Atlântico Norte, a instância decisória da aliança.
Para Stoltenberg, o presidente russo, Vladimir Putin "fracassou" em sua tentativa de enfraquecer a Otan.
Stoltenberg também destacou que a Suécia "ocupou o lugar que lhe corresponde na mesa da Otan sob o escudo de proteção do Artigo 5" do tratado constitutivo da aliança, sobre defesa recíproca.
Esse artigo, afirmou, é "a máxima garantia de liberdade e segurança. Todos por um e um por todos".
Visto como um pilar fundamental da Otan, o artigo prevê a obrigação de cada país aliado de ajudar em caso de ataque contra um ou mais de seus membros.
Na realidade, foi utilizado uma única vez, em apoio aos Estados Unidos, após os atentados de 11 de setembro de 2001.
"Suécia foi associada por muito tempo. Agora é um membro da aliança, com todos os benefícios e responsabilidades que carrega", afirmou.
Kristersson afirmou que "dividiremos fardos, responsabilidades e riscos com nossos aliados. A situação de segurança em nossa região nunca esteve tão grave desde a Segunda Guerra Mundial".
A Rússia, disse o presidente sueco, "seguirá sendo uma ameaça para a segurança euro-atlântica em um futuro previsível".
A Suécia decidiu em fevereiro de 2022 deixar de lado praticamente dois séculos de neutralidade e solicitar o ingresso na Otan, após o início das operações da Rússia em território ucraniano.
Porém, o processo de adesão sueca enfrentou o veto de um integrante fundamental da Otan, a Turquia, que discordava da concessão de refúgio seguro a opositores turcos que o país considera "terroristas".
Diante dessa postura, a Hungria decidiu não autorizar a adesão da Suécia enquanto a Turquia votou contra. A pressão fez com que finalmente a Turquia aceitasse a adesão da Suécia e a Hungria retirasse seu veto.
Com a adesão da Suécia, todos os Estados com costa para o Mar Báltico, com exceção da Rússia, são agora membros da Otan.
As bandeiras na esplanada em frente à sede da Otan estão colocadas em ordem alfabética, segundo o nome dos países em inglês. Por isso, a bandeira sueca foi içada entre as da Espanha e Turquia.