Bruxelas - A Otan continuará com o plano militar previsto para uma possível operação na Líbia apesar do cessar-fogo imediato declarado pelo regime de Muammar Kadafi, segundo assegurou nesta sexta-feira à Agência Efe a porta-voz da organização Carmen Romero.

"O planejamento continua", ressaltou Carmen, que lembrou que os aliados entraram em acordo nesta sexta-feira para finalizar o mais rápido possível seus preparativos para estarem prontos em caso se decidirem uma atuação militar no marco da resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Segundo fontes aliadas, as autoridades militares da Otan poderiam ter finalizado ao longo do próximo domingo o plano para impor uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, uma das opções contidas no texto da Organização das Nações Unidas (ONU) para frear os bombardeios do regime de Kadafi contra os rebeldes.

Essa zona de proibição de voos requereria bombardeios prévios de algumas infraestruturas, ataques que países como a França e Reino Unido, entre outros, estariam dispostos a realizar inclusive antes que a Otan - que precisa do consenso de seus 28 membros - se pronuncie.

Mais avançados estão os preparativos para as outras duas opções que contempla a Aliança: o apoio à entrada de ajuda humanitária na Líbia e a iniciada de um bloqueio marítimo para impedir a entrada de armas no país.

As reuniões a diferentes níveis militares e políticos continuarão no centro da organização ao longo desta sexta-feira e no fim de semana, indicou Romero.