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Otan adverte sobre redução de gastos militares na Europa

Entre 2008 e 2011, 20 dos 28 membros da Otan reduziram seu orçamento militar

Atiradores operando a partir de helicópero na costa da Líbia, em missão da Otan
 (Arnaud Roine/AFP)

Atiradores operando a partir de helicópero na costa da Líbia, em missão da Otan (Arnaud Roine/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2012 às 17h10.

Bruxelas - O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, advertiu nesta sexta-feira sobre a redução dos gastos em defesa na Europa, que representa, segundo ele, uma preocupação diante do aumento do orçamento militar na Rússia e nos países asiáticos.

'Esses orçamentos europeus de defesa em queda são uma preocupação, porque cada corte que fizermos hoje terá consequências para nossa segurança do amanhã', declarou Rasmussen durante uma conferência sobre assuntos internacionais que começou nesta sexta-feira em Bruxelas.

Ele lembrou que, entre 2008 e 2011, 20 dos 28 membros da Otan reduziram seu orçamento militar, o que 'segue a tendência que vemos em grande parte do mundo'.

Rasmussen disse que, neste ano, 'pela primeira vez' os orçamentos de defesa da Ásia vão superar os dos membros europeus da aliança ocidental, enquanto a Rússia planeja dobrar suas despesas militares nos próximos dez anos.

O secretário-geral reconheceu que a complicada situação econômica de muitos países europeus da Otan faz prever que os orçamentos de defesa sejam 'ajustados' durante 'um futuro previsível'.

Por isso, afirmou que a aliança e seus membros só poderão assegurar sua defesa com 'uma nova mentalidade: a 'defesa inteligente'', na qual se deve otimizar ao máximo os gastos militares de forma coordenada com os demais aliados.

'O enfoque não está no que cortamos, mas no que mantemos e em escolher soluções multinacionais em vez de unilaterais', destacou.

Ele mencionou ainda a nova estratégia de defesa dos Estados Unidos, apresentada há poucos meses e na qual Washington prevê aumentar sua presença militar na Ásia e reduzi-la na Europa.

Além disso, ressaltou que os países europeus da Otan devem contribuir para reequilibrar a aliança, 'investindo o suficiente, econômica e politicamente', mas também mantendo um compromisso com o mundo e tendo 'uma perspectiva global em segurança'. 

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