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Os protagonistas da próxima Assembleia Geral da ONU

O presidente brasileiro, Michel Temer, que tomou posse recentemente após o impeachment de Dilma Rousseff, deve ser o primeiro líder a discursar


	Michel Temer: o presidente brasileiro deve ser o primeiro líder a discursar na Assembleia Geral da ONU
 (Ueslei Marcelino / Reuters)

Michel Temer: o presidente brasileiro deve ser o primeiro líder a discursar na Assembleia Geral da ONU (Ueslei Marcelino / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2016 às 16h44.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que se despedirá, o brasileiro Michel Temer, que fará sua estreia, e vários líderes do conflitivo Oriente Médio se sucederão, entre outros, na tribuna das Nações Unidas durante a Assembleia Geral, que será realizada nesta semana em Nova York.

Despedidas

Barack Obama: a menos de dois meses das eleições americanas, Obama pronunciará na terça-feira seu oitavo e último discurso diante dos líderes mundiais. Provavelmente se concentrará na coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque e no extremismo violento em todo o mundo. Mais tarde no mesmo dia será o anfitrião de uma conferência que busca obter mais ajuda e ofertas para acolher os 21 milhões de refugiados de todo o mundo, muitos dos quais fugiram da guerra na Síria.

Ban Ki-moon: o ex-ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul abandona o cargo de Secretário-Geral da ONU em 31 de dezembro depois de 10 anos nesta função, que é considerada uma das mais difíceis do mundo. A corrida pela designação de seu substituto está em pleno desenvolvimento e espera-se que se concretize no próximo mês.

Estreias

Michel Temer: está previsto que o novo presidente brasileiro, que tomou posse recentemente após o impeachment de Dilma Rousseff, seja o primeiro a falar na Assembleia Geral das Nações Unidas.

Theresa May: três meses depois da votação que aprovou a saída do Reino Unido da União Europeia, a nova primeira-ministra chega à ONU para dizer ao mundo que Londres continuará sendo um ator global, apesar das incertezas que cercarão nos próximos meses e anos as negociações sobre o Brexit.

Justin Trudeau: o primeiro-ministro canadense utilizará a tribuna das Nações Unidas para insistir na mensagem de que seu país estará novamente comprometido no cenário internacional. Será a terceira visita de Trudeau à ONU - onde a acolhida do Canadá aos refugiados sírios é um grande acontecimento - mas seu primeiro discurso ante a Assembleia Geral anual.

Líderes do Oriente Médio

Recep Tayyip Erdogan: depois de sofrer recentemente uma tentativa de golpe de Estado, o presidente turco será observado atentamente quando se pronunciar sobre o conflito na Síria - onde suas tropas combatem os rebeldes islamitas perto da fronteira - e sobre a repressão no interior do país.

Durante poucas horas na terça-feira, a Assembleia Geral ouvirá os líderes de Irã, da Autoridade Palestina, de Israel e Líbano. É excepcional que todos eles se sucedam no mesmo dia na tribuna da organização internacional.

Benjamin Netanyahu: o primeiro-ministro israelense atraiu toda a atenção em cúpulas anteriores da ONU com discursos enérgicos acompanhados de objetos como um grande diagrama de uma bomba com uma etiqueta que dizia "Irã". No ano passado permaneceu por 45 segundos em silêncio para protestar pelo que classificou de fracasso da ONU em condenar a ameaça iraniana contra Israel.

Mahmud Abas: antes de Netanyahu o presidente palestino se pronunciará, num momento em que Israel é alvo de fortes críticas por continuar construindo casas em assentamentos em territórios palestinos ocupados, tornando ainda mais difícil a criação de um Estado palestino.

Hassan Ruhani: com o acordo sobre o programa nuclear iraniano em pleno desenvolvimento, os pronunciamentos do presidente da República Islâmica sobre a Síria, a divisão entre xiitas e sunitas no Oriente Médio e o conflito no Iêmen serão atentamente observados.

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