No Quênia, mulheres e crianças caminham por quilômetros em busca de água. (Oli Scarff/Getty Images)
Vanessa Barbosa
Publicado em 22 de março de 2018 às 05h37.
Última atualização em 22 de março de 2018 às 09h55.
São Paulo — Água é sinônimo de vida e continuidade. Sua escassez ou má qualidade põem em xeque tudo aquilo que é sustentado por ela, incluindo o desenvolvimento socioeconômico dos países. Usar de forma racional os recursos hídricos e empreender esforços para preservá-los são regras da cartilha da boa gestão hídrica que ainda desafiam as sociedades em pleno século 21.
O "Planeta Água" é um mundo de contradições, onde três em cada dez pessoas não têm acesso a uma fonte segura de água potável, onde, a cada 20 segundos, uma criança morre de doenças diarreicas, em grande parte evitáveis com higiene adequada, e onde mulheres e meninas caminham por mais de seis quilômetros para buscar água nas regiões rurais mais sedentas.
Apesar do complemento “básico” no nome, a universalização do saneamento até 2030 — que é um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, em especial dos serviços de coleta e tratamento de esgoto, essenciais à qualidade de vida sadia — é uma realidade distante num mundo que despeja 80% de suas águas residuais sem tratamento em rios, lagos e oceanos.
Diante de gargalos históricos, o Dia Mundial da Água, celebrado anualmente em 22 de março, se tornou um marco para chamar a atenção para a urgência de cuidar deste recurso tão precioso, desigualmente distribuído e cada vez mais ameaçado.
EXAME compilou grandes números que revelam a crise da água no mundo. Confira abaixo: