Os 20 países mais instáveis e frágeis do mundo
Novo estudo Fragile State Index listou os estados que falharam na tentativa de criar uma sociedade equilibrada - e agora sofrem com desigualdade e guerras


Guilherme Dearo
Publicado em 10 de julho de 2014 às 16h53.
Última atualização em 5 de abril de 2021 às 15h14.
São Paulo - Alguns Estados são estáveis, baseados em instituições sólidas e protegem os seus cidadãos. Outros são frágeis, instáveis, perigosos, lidam com estruturas frágeis e poderes controversos. Essa é a análise do Fragile States Index 2014, lançado ontem (9) pela revista Foreign Policy. O estudo analisou 12 pontos, como acesso a serviços públicos, presença de refugiados, garantia dos direitos humanos e legitimidade do poder representativo. Entre os piores, se encontram os países africanos, marcados por longos conflitos internos, guerras civis e desigualdades. Na outra ponta, dos Estados de excelência, prevalacem os países escandinavos. Veja a seguir os 20 países mais frágeis e instáveis.

2 /20(AFP/Getty Images)
A mais nova nação, criada a partir da separação com o Sudão, sofre com conflitos internos desde a guerra da independência, em 2011. Separada, começou uma guerra civil em 2013. Há mais de um milhão de refugiados internos e 250 mil já saíram do país. Piores pontos: refugiados, aumento da desigualdade, presença de facções que dominam o poder

3 /20(Mohamed Dahir/AFP)
A Somália viveu uma guerra civil entre 1991 e 2013. Nesse período, não teve um governo funcional. Lá, a mortalidade infantil é maior que 10% e a expectativa de vida é de apenas 51.58 anos. Piores pontos: presença de refugiados e facções que dominam o poder

4 /20(Eric Feferberg/AFP)
O país sofre com conflitos de origem étnica e religiosa, com embate entre grupos islâmicos extremistas. Piores pontos: presença de refugiados e falta de segurança

5 /20(REUTERS/George Philipas)
O Sudão vive em guerra desde 2007, resultando em mais de três milhões de refugiados. O conflito com o Sudão do Sul persiste. Piores pontos: falta de segurança, revoltas, presença de facções no poder

6 /20(Marco Di Lauro/Getty Images)
O país tem a expectativa de vida mais baixa do mundo (44 anos), sofre com falta de estruturas básicas e ainda lida com meio milhão de refugiados do Sudão e da República Centro-Africana. Piores pontos: falta de serviços públicos, presença de refugiados, dominância de facções

7 /20(REUTERS/Stringer)
O Iêmen é um dos estados mais pobres do Oriente Médio, com 45% da população abaixo da linha da pobreza. A Al Qaeda monta base no país, deixando a região ainda mais instável. Piores pontos: pobreza, presença de facções, revoltas

8 /20(Getty Images)
O país mais pobre das Américas e do hemisfério ocidental, com 80% da população abaixo da linha da pobreza. Um terremoto em 2010 devastou ainda mais o país. Piores pontos: falta de serviços públicos, intervenção externa, pobreza e aumento da desigualdade

9 /20(Joe Raedle/Getty Images)
O Paquistão lida com a presença de grupos terroristas, mais de um milhão de refugiados internos e três milhões de refugiados vindos do Afeganistão. Piores pontos: revoltas, falta de segurança, presença de facções

10 /20(John Moore/Getty Images)
O país está na mão do ditador Robert Mugabe desde 1980, sofrendo com opressão política e revoltas. A pobreza é extrema, com PIB per capita de apenas 600 dólares por ano. Piores pontos: presença de facções, legitimidade do poder frágil

11 /20(AFP)
O país sofre com revoltas e instabilidade política, apesar das grandes riquezas naturais. A corrupção é endêmica. O ambiente instável afugenta investidores. Piores pontos: falta de estado legítimo, falta de segurança, presença de facções no poder

12 /20(Reprodução/Twiiter)
A situação do país só piora desde 2011. Presença de grupos terroristas, disputas étnicas e religiosas, governo representativo disfuncional. Agora, a criação do Estado Islâmico só piorou a situação. Piores pontos: falta de segurança, revoltas, presença de facções

13 /20(Issouf Sanogo/AFP)
Desde 1999, o país já passou por duas guerras civis e múltiplos impasses políticos. A desigualdade aumenta com o ambiente instável. Piores pontos: intervenção externa, presença de facções, presença de refugiados

14 /20(Ahmad Othman/Reuters)
O país sofre com uma guerra civil desde 2011, o que causou a morte de 150 mil pessoas e deixou mais de três milhões de refugiados fora do país. A situação piorou ainda mais com o Estado Islâmico. Piores pontos: presença de refugiados, presença de facções, falta de segurança, interferência externa

15 /20(STR/AFP/Getty Images)
Sem um estado legítimo e políticas públicas, a população sofre com a pobreza: 69% vivem na miséria e a expectativa de vida é de apenas 54 anos. Piores pontos: falta de segurança, interferência externa, falta de estado legítimo

16 /20(AFP)
Apesar de ser uma das nações mais ricas da África, a Nigéria sofre com desigualdade, corrupção e tensões religiosas. A presença de grupos jihadistas aumenta a violência e a instabilidade. Piores pontos: falta de segurança, revoltas, presença de facções

17 /20(Goran Tomasevi/Reuters)
O país sofre com a extrema desigualdade e a presença de grupos terroristas, como o Al Shabaab. Ainda há 400 mil refugiados internos por conta de conflitos, além de refugiados vindos da Somália, Etiópia, Uganda e Sudão do Sul. Piores pontos: revoltas, presença de facções

18 /20(Pascal Parrot/Getty Images)
O país sofre com uma alta mortalidade infantil, instabilidade política e econômica e vive em conflito com Líbia, Mali e Nigéria sobre fronteiras. A Al Qaeda no Magreb também conseguiu se instalar no país. Piores pontos: falta de serviços públicos, pressão demográfica

19 /20(John Lavall/Wikimedia Commons)
A Etiópia sofre com aumento da desigualdade, pressão demográfica e altas taxas de mortalidade infantil. Piores pontos: revoltas, falta de serviços públicos

20 /20(REUTERS/Hosam Katan)