Os 10 países mais felizes do mundo
Estudo do instituto Legatum mediu a felicidade dos habitantes de 110 países e concluiu que os noruegueses são os mais felizes do mundo
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2011 às 07h54.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h36.
São Paulo - Índices econômicos geralmente são difíceis de entender à primeira vista, mesmo quando medem algo mais objetivo, como uma variação de preços. Por isso, chama a atenção quando uma consultoria resolve calcular o grau de felicidade de um país. Um estudo feito pelo instituto internacional Legatum afirma, com base em uma lista considerável de critérios, que a Noruega é o país mais feliz do mundo. O "Índice Legatum de Prosperidade" não só apresenta os países mais felizes do mundo, mas também explica como chegou a esta conclusão. Ele leva em conta fatores que contribuem não só para que a nação um todo enriqueça, mas para que cada cidadão tenha garantias de bem estar e de estabilidade financeira. Para tentar chegar perto de entender e medir a felicidade dos países, os pesquisadores investigaram temas como o acesso à educação e à saúde; a liberdade política e religiosa; estabilidade financeira; nível de emprego; poder aquisitivo; grau de burocracia e facilidades para abrir o próprio negócio; número de casamentos e divórcios, dentre outros. A última edição do estudo considera informações de 110 países, cobrindo praticamente 90% da população mundial. Os autores da pesquisa montaram o cenário da felicidade mundial com base em dados de outras entidades, como o instituto Gallup, a Fundação Heritage e o Fórum Econômico Mundial. Na lista dos 10 primeiros países não há grandes surpresas. Países nórdicos, Canadá, Suíça e grandes economias europeias têm presença certa. Na décima posição, mesmo depois das sacudidas da crise, estão os Estados Unidos. Vale mencionar que a Irlanda, que sofreu durante o ano de 2010 com graves problemas fiscais, é o 11º país mais feliz do mundo, de acordo com a pesquisa. O Brasil aparece no ranking na 45ª posição, menos feliz que Trinidad e Tobago (44º), Malásia (43º) a Argentina (41º).
São Paulo - Não é à toa que a Noruega ocupa o topo do ranking. O país está entre os primeiros do mundo em quase todos os indicadores considerados pelo estudo. A população do país convive com preços estáveis nos mercados e lojas (a inflação é de 3,8% ao ano). A taxa de desemprego é de apenas 2,6%. Entre 2004 e 2008 a riqueza per capita do país cresceu a uma média de 2,1% ao ano. A satisfação dos noruegueses com os serviços providos pelo governo é praticamente unânime. O estudo diz que nove entre 10 habitantes do país confia na regulação das autoridades sobre o ambiente de negócios. São os mesmos que afirmam que a infraestrutura no país é sólida o bastante para estimular o empreendedorismo. Além disso, 58% dos cidadãos confiam no governo e se dizem satisfeitos com a democracia no país. O regime político em vigor atualmente já dura 63 anos, o que sugere um alto nível de estabilidade. Os sistemas educacional e de saúde agradam a parcelas superiores a 90% da população. Esta mesma maioria também se diz satisfeita com a liberdade de expressão, de culto religioso, e de associação a partidos políticos.
São Paulo - Menos de 1% da população da Dinamarca relatou ter enfrentado dificuldades para sustentar a família em 2010. Dentre as 110 nacionalidades estudadas pelo instituto Legatum, os dinamarqueses são os que apresentam o melhor padrão de vida. Razões como estas colocam o país na segunda posição do ranking dos mais felizes do mundo. Os empresários têm motivos de sobra para sorrir. Segundo o estudo, a Dinamarca possui o melhor ambiente de negócios de todos os países pesquisados. Os custos para abrir um novo empreendimento são os mais baixos. Além disso, novas empresas são amparadas por estruturas confiáveis de internet de banda larga e telefonia celular. O país se destaca também no setor público. A democracia dinamarquesa é uma das mais desenvolvidas do mundo, com espaço para debates políticos e liberdade de opinião. Os serviços de educação e saúde básica são bem avaliados pela população. E a burocracia dinamarquesa é a segunda mais eficiente do mundo, perdendo apenas para a da Noruega.
São Paulo - Com um dos melhores sistemas educacionais, e serviços de saúde para toda a população, a Finlândia aparece na terceira posição do ranking da Legatum. O país se destaca por ter a melhor distribuição de renda do mundo, e por estar entre os 10 primeiros países quando se fala em investimentos em pesquisa e desenvolvimento. O sistema de governo na Finlândia conta com ampla aprovação dos habitantes, que dizem confiar no governo e no processo eleitoral. A percepção de corrupção dos eleitores é a segunda mais baixa no mundo, perdendo apenas para a Noruega. O país também se destaca em aspectos mais subjetivos. Mais de 90% dos finlandeses estão satisfeitos com sua liberdade de escolha, tanto política quanto religiosa. Além disso, 60% da população afirma que pode confiar em outras pessoas, mesmo desconhecidas. E quase 100% dos habitantes diz que confia totalmente na família e em parentes em casos de necessidades.
São Paulo - O quarto país mais feliz do mundo é a Austrália. E não são apenas as belas praias que enchem os habitantes de orgulho. A economia goza de uma saúde invejável e quase 70% da população tem emprego e vive em boas condições de moradia. A inflação sob controle e a estabilidade financeira fazem do país o 10º melhor no que diz respeito aos padrões de vida. Um dos pontos destacados pelos próprios australianos é a facilidade para se abrir um novo negócio. Empreendedores têm acesso a bons serviços de internet e telefonia. Vale destacar também que os custos de um novo negócio estão entre os mais baixos do mundo.
São Paulo - Seguindo a Austrália na lista dos países mais felizes do mundo vem a vizinha Nova Zelândia. Os dois países têm muitas semelhanças entre si. Assim como os australianos, os neozelandeses, vivem em um país de economia forte, no qual o índice de desemprego está abaixo de 4,5%. Mais de 80% dos habitantes afirma que está contente com seu padrão de vida. A educação no país é citada no estudo como a melhor do mundo, inclusive com a maior taxa de matriculados em instituições de ensino em relação ao total de habitantes. Os cidadãos neozelandeses experimentam um ambiente de coesão social, e de confiança mútua. Finalmente, 96% dos habitantes dizem que estão muito satisfeitos com a beleza natural do país - o que faz pensar se há algo de errado com os outros 4%.
São Paulo - Um dos melhores países do mundo para se abrir um negócio é a Suécia. Os investimentos em pesquisa e inovação estão entre os mais elevados, e os custos para abrir uma empresa são baixos. Além disso, os empreendedores suecos dizem que a objetividade das leis do país dá segurança, sobretudo às pequenas empresas. Na política, o país se destaca por um elevado nível de fiscalização das ações do poder público, o que garante baixos índices de corrupção. Os suecos elogiam as liberdades que o governo lhes garante e os serviços fornecidos pelo setor público. Outro destaque é a boa distribuição de renda.
São Paulo - Em poucos países do mundo a população fala sobre as liberdades individuais com tanto orgulho quanto no Canadá. A pesquisa do instituto Legatum mostra o país em primeiro lugar segundo este critério. Quanto ao ranking geral de felicidade, o Canadá aparece em sétimo. Uma das qualidades do país é sua receptividade. Quase 100% da população se diz tolerante com pessoas de outra nacionalidade, e 92% dos habitantes diz que o Canadá é o lugar ideal para as minorias, sejam elas étnicas ou religiosas. O país tem também um nível elevado de engajamento dos cidadãos com causas sociais. Mais da metade da população canadense diz que ajudar estranhos e fazer doações são hábitos. Finalmente, a impressionante parcela de 94% da população diz que se sente confortável para confiar em outras pessoas, inclusive estranhos.
São Paulo - A confiança dos suíços nas instituições públicas é o destaque do país, que é o oitavo mais feliz do mundo segundo o ranking do instituto Legatum. Muito desta confiança vem da estabilidade política no país: há 160 anos não há mudanças significativas no sistema de governo. E quanto aos políticos, um rigoroso sistema de fiscalização impede o acúmulo exagerado de poderes. Na lista do que faz os suíços felizes ainda há o fato de que eles estão entre as pessoas mais saudáveis do mundo. Não só pelo clima ameno dos Alpes, mas pelo eficiente sistema de saúde. A Suíça tem um dos maiores níveis de imunização contra doenças infecciosas do mundo. E seu sistema de atendimento aos pacientes está entre os mais modernos.
São Paulo - As liberdades individuais são destacadas pela população da Holanda como uma das maiores qualidades do país. Segundo a pesquisa do Legatum, 88% dos holandeses diz que está satisfeito com o grau de independência e flexibilidade que têm para fazer suas escolhas. Outro ponto alto do país, na opinião dos habitantes, é a coesão social e a confiabilidade do governo. Mais da metade da população afirma que pode confiar em outros cidadãos, e no poder público. A percepção de corrupção no país está entre as mais baixas do mundo.
São Paulo - Quase 90% dos norte-americanos estão satisfeitos com sua saúde, e com os serviços oferecidos pelo governo nesta área. Os gastos públicos com saúde nos Estados Unidos estão entre os maiores do mundo, segundo o estudo do Legatum. Isto garante uma oferta suficiente de leitos em hospitais, medicamentos e profissionais para atender os pacientes. Também vale destacar a confiança dos americanos no governo de seu país. A maioria dos habitantes elogia a democracia desenvolvida, na qual existem diversos mecanismos para que os poderes executivo e legislativo sejam devidamente fiscalizados. A maior fonte de insegurança para os habitantes do 10º país mais feliz do mundo é a economia e o mercado de trabalho. Depois da crise os americanos passaram a esperar menos, seja da estabilidade econômica, seja da melhora das ofertas de empregos. Mesmo assim, eles ainda sustentam a 14ª maior confiança na economia dentre os 110 países do estudo.
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