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Orlando Silva comprou à vista terreno sobre duto da Petrobras, diz Uol

Segundo reportagem do Uol, o ministro teria usado sua posição privilegiada para sair ganhando em futura negociação de desapropriação do terreno com a estatal

O policial reafirmou as acusações de desvio da pasta e contou um pouco mais sobre o esquema que envolve o partido do ministro do Esporte do governo Dilma (Valter Campanato/ABr)

O policial reafirmou as acusações de desvio da pasta e contou um pouco mais sobre o esquema que envolve o partido do ministro do Esporte do governo Dilma (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2011 às 17h05.

São Paulo – À medida que são apuradas as recentes denúncias de corrupção dentro do Ministério do Esporte, surgem novas acusações contra a conduta do ministro Orlando Silva.

Segundo reportagem do site Uol publicada nesta terça-feira, Silva teria usado sua posição para sair ganhando na compra de um terreno da Petrobras em Campinas em 2010, por R$ 370 mil.

No terreno de aproximadamente 90 mil m² passa um duto de gás da Petrobras. O ministro, que tem trânsito na estatal, teria usado informações privilegiadas na compra do terreno, que deve ser desapropriado no futuro por valor muito maior que o de compra.

Segundo a reportagem, essas desapropriações costumam ser feitas em negociações entre os proprietários e a empresa, o que deixaria o ministro em clara vantagem. Silva Júnior, porém, afirma desconhecer risco de desapropriações em sua área.

Silva, que é ministro do Esporte desde 2006 e recebia à época da compra R$ 10.748,43 mensais, pagou o terreno à vista. Conforme documento obtido pela reportagem, ele usou cheque administrativo – modalidade que permite o uso do cheque sem que o pagador movimente sua própria conta.

"Orlando fez um negócio da China em comparação com os terrenos à disposição no mesmo condomínio, mas na portaria vizinha. Sem dutos por perto, as propriedades custam entre R$ 15 e R$ 20 cada m², de acordo com um corretor consultado pela reportagem. Nessa área, um terreno de 20 mil m² está sendo oferecido por R$ 380 mil, quase a mesma quantia paga pelo ministro em 90.000 m²", diz a reportagem. 

A Petrobras divulgou uma nota nesta terça-feira em que afirma não ter previsão de desapropriar terrenos na região de Souzas. 

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