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Opositor ucraniano foi obrigado a dizer que era espião

Militante ativo contra o presidente Viktor Yanukovytch, Dmytro Bulatov, de 35 anos, afirmou ter sido torturado por vários dias, sempre com os olhos vendados

Dmytro Boulatov: "Eu pensei que eles eram membros dos serviços especiais russos. Da forma como me bateram concluí que eram profissionais", acrescentou o opositor ucraniano (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 11h08.

Vilnius - O opositor ucraniano torturado Dmytro Boulatov, internado em um hospital lituano, declarou nesta quinta-feira à imprensa que seus torturadores, de língua russa , o forçaram a confessar que era um espião americano.

"Eles me obrigaram a falar diante de uma câmera o que queriam: que eu era um espião americano (...), que a América me deu dinheiro para Maidan (praça símbolo da contestação em Kiev), e eu me inspirava nos americanos para criar desordem contra o nosso governo", disse a jornalistas no hospital de Vilnius, onde chegou no domingo para tratamento médico.

"Quando eles me espancaram, eu senti algo no meu rosto como metal fundido, muito, muito quente. Eu estava pronto para fazer qualquer coisa para impedi-los de continuar", relatou.

"Eu pensei que eles eram membros dos serviços especiais russos. Da forma como me bateram concluí que eram profissionais", acrescentou.

Militante muito ativo contra o presidente Viktor Yanukovytch, Dmytro Bulatov, de 35 anos, afirmou ter sido torturado por vários dias, sempre com os olhos vendados, em um quarto em um local não identificado.

"Eles me pregaram a uma porta de madeira, de joelhos, e me bateram com paus", declarou na coletiva de imprensa de uma hora e meia.

"Eu estava tão assustado, com tanta dor, que pedi para que me matassem", disse.

O ministério das Relações Exteriores da Lituânia declarou na terça-feira que Boulatov "apresentava em seu corpo marcas evidentes de tortura longa e cruel".

O caso de Boulatov, sequestrado em 22 de janeiro e libertado em uma floresta no dia 30, virou símbolo da repressão contra os opositores do regime ucraniano.

Ele foi autorizado a viajar para o exterior para tratamento médico após pressão do Ocidente.

A Lituânia, que ofereceu tratamento gratuito ao opositor ferido, pediu à UE uma investigação independente sobre a "tortura" na Ucrânia .

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Vilnius - O opositor ucraniano torturado Dmytro Boulatov, internado em um hospital lituano, declarou nesta quinta-feira à imprensa que seus torturadores, de língua russa , o forçaram a confessar que era um espião americano.

"Eles me obrigaram a falar diante de uma câmera o que queriam: que eu era um espião americano (...), que a América me deu dinheiro para Maidan (praça símbolo da contestação em Kiev), e eu me inspirava nos americanos para criar desordem contra o nosso governo", disse a jornalistas no hospital de Vilnius, onde chegou no domingo para tratamento médico.

"Quando eles me espancaram, eu senti algo no meu rosto como metal fundido, muito, muito quente. Eu estava pronto para fazer qualquer coisa para impedi-los de continuar", relatou.

"Eu pensei que eles eram membros dos serviços especiais russos. Da forma como me bateram concluí que eram profissionais", acrescentou.

Militante muito ativo contra o presidente Viktor Yanukovytch, Dmytro Bulatov, de 35 anos, afirmou ter sido torturado por vários dias, sempre com os olhos vendados, em um quarto em um local não identificado.

"Eles me pregaram a uma porta de madeira, de joelhos, e me bateram com paus", declarou na coletiva de imprensa de uma hora e meia.

"Eu estava tão assustado, com tanta dor, que pedi para que me matassem", disse.

O ministério das Relações Exteriores da Lituânia declarou na terça-feira que Boulatov "apresentava em seu corpo marcas evidentes de tortura longa e cruel".

O caso de Boulatov, sequestrado em 22 de janeiro e libertado em uma floresta no dia 30, virou símbolo da repressão contra os opositores do regime ucraniano.

Ele foi autorizado a viajar para o exterior para tratamento médico após pressão do Ocidente.

A Lituânia, que ofereceu tratamento gratuito ao opositor ferido, pediu à UE uma investigação independente sobre a "tortura" na Ucrânia .

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