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Opositor russo Udaltsov é acusado de organizar distúrbios

A acusação pode resultar em uma condenação de até 10 anos de prisão


	O opositor russo Serguei Udaltsov: "este é um caso de tortura, um assunto vergonhoso. Eu não sou culpado. Entro orgulhoso e com a cabeça erguida", disse
 (Andrey Smirnov/AFP)

O opositor russo Serguei Udaltsov: "este é um caso de tortura, um assunto vergonhoso. Eu não sou culpado. Entro orgulhoso e com a cabeça erguida", disse (Andrey Smirnov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2012 às 12h23.

Moscou - O opositor russo Serguei Udaltsov foi indiciado nesta sexta-feira por "organizar distúrbios em massa", uma acusação que pode resultar em uma condenação de até 10 anos de confinamento em um campo de prisioneiros e que o réu considerou uma armação.

"Serguei Udaltsov foi indiciado e não admite ser culpado", afirmou o representante do comitê de investigação Vladimir Markin, citado pela agência Ria Novosti.

O opositor foi proibido de deixar Moscou, onde reside.

Uudaltsov, um dos líderes dos protestos contra o presidente Vladimir Putin, compareceu nesta sexta-feira a uma audiência do comitê.

"Este é um caso de tortura, um assunto vergonhoso. Eu não sou culpado. Entro orgulhoso e com a cabeça erguida", disse aos jornalistas.

Em 17 de outubro, o governo anunciou a abertura de uma investigação contra Udaltsov com base em um vídeo do canal pró-Kremlin NTV. De acordo com imagens obtidas com uma câmera oculta, a emissora informou que opositores, entre eles Udaltsov, se preparavam para derrubar o governo pela força.

A casa de Udaltsov foi revista e ele foi interrogado pelo comitê, que o deixou em liberdade na ocasião, mas proibiu sua saída de Moscou.

Vários parentes de Udaltsov também foram acusados, incluindo Konstantin Lebedev e Leonid Razvozkhaev, ambos em prisão preventiva.

O caso de Razvozkhaev chamou a atenção internacional. Este opositor, membro da Frente de Esquerda, afirmou ter sido sequestrado na Ucrânia e levado à força para a Rússia, onde foi detido.

Razvozkhaev disse a defensores dos direitos humanos que admitiu culpa sob tortura e afirma que sua família foi ameaçada de morte.

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