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Opositor reconhece vitória de Evo Morales na Bolívia

Pesquisas de boca de urna deram a Morales reeleição arrasadora para terceiro mandato consecutivo, ainda não confirmado pela autoridade eleitoral por atrasos

Medina: ele acusou outro dirigente opositor pelo fracasso de não ter selado aliança (David Mercado/Reuters)

Medina: ele acusou outro dirigente opositor pelo fracasso de não ter selado aliança (David Mercado/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2014 às 15h45.

La Paz - O principal candidato opositor na eleição presidencial da Bolívia reconheceu a vitória na votação de domingo do presidente Evo Morales, a quem as pesquisas de boca de urna deram uma reeleição arrasadora para um terceiro mandato consecutivo, ainda não confirmado pela autoridade eleitoral por atrasos na apuração.

Morales teria vencido com algo em torno de 60 por cento dos votos, segundo as pesquisas nas zonas eleitorais, que também lhe deram maioria em oito dos nove departamentos (Estados) do país, incluindo o pólo industrial de Santa Cruz, bastião eleitoral da oposição até pouco tempo.

Tratando de digerir a terceira derrota eleitoral diante do mandatário, o magnata do cimento Samuel Doria Medina acusou outro dirigente opositor pelo fracasso de não ter selado uma aliança para desafiar Morales e por "contribuir para que o MAS (Movimento ao Socialismo) possa manter sua hegemonia".

"Faremos com que não haja mais reeleições, que se cumpra a Constituição e as leis", prometeu.

Doria Medina teria obtido cerca de 25 por cento das preferências, segundo os levantamentos de boca de urna, e o ex-presidente Jorge Quiroga menos de 10 por cento.

"Com muito pouco tempo e em circunstâncias adversas, com a centésima parte dos recursos do governo mais poderoso da história e o empresário mais poderoso da Bolívia, (meu projeto) mostrou que é uma alternativa clara", disse Quiroga.

Morales, um ex-líder cocalero de 54 anos, será o primeiro líder boliviano que governará por três períodos consecutivos.

Seus eleitores premiaram o ímpeto econômico que o país vive desde que ele assumiu e a maneira como ele tirou proveito do auge da exploração das matérias primas para financiar programas sociais populares para os mais desfavorecidos e obras públicas como estradas, escolas e quadras de esportes.

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