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Opositor não pode ser candidato, diz procuradora venezuelana

Segundo a autoridade, Leopoldo López não poderá se candidatar até 2017, quando, disse, vence o seu período de inabilitação

O opositor venezuelano Leopoldo López: ele foi acusado pela Controladoria de receber dinheiro de uma gerência da estatal PDVSA, que era dirigida por sua mãe (Juan Barreto/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de março de 2015 às 07h02.

Caracas - A procuradora-geral da Venezuela , Luisa Ortega Díaz, afirmou nesta quarta-feira que Leopoldo López, um dos nomes mais emblemáticos da oposição, não poderá se candidatar para as próximas eleições parlamentares, um pleito que o presidente Nicolás Maduro garantiu que acontecerá, mesmo que "chova, troveje ou relampeie".

Um dia depois que a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) anunciou a candidatura de López, a procuradora-geral garantiu que o político opositor não poderá postular seu nome nem nesta, nem em nenhuma outra eleição, até 2017, quando, disse, vence o seu período de inabilitação.

"Pelo menos até 2017 não poderá ser candidato", disse, ao se referir ao político, que era prefeito do município de Chacao, na região metropolitana de Caracas, e foi acusado pela Controladoria de receber dinheiro de uma gerência da companhia petrolífera estatal PDVSA, que era dirigida por sua mãe, Antonieta Mendoza, para fundar um partido.

Também é acusado de usar a verba orçamentária, que deveria ser destinada à prefeitura, "para outras coisas".

Além disso, López foi indiciado por vários crimes relacionados com os protestos antigovernamentais do ano passado. Seu nome, junto com o de María Corina Machado e Antonio Ledezma, foram os primeiros revelados ontem pela coalizão de oposição para concorrerem a uma cadeira na Assembleia Nacional, o parlamento do país.

Sobre o caso de María Corina, investigada também pela procuradoria por seu suposto envolvimento em um plano para assassinar o presidente, que foi denunciado pelo próprio Nicolás Maduro, Luisa assinalou que as investigações ainda estão em processo e à espera do ato conclusivo.

Já em relação a Antonio Ledezma, que ainda ostenta sua posse como prefeito metropolitano, disse que não conhece as consequências de sua postulação.

A Venezuela deve escolher os mais de 160 representantes da AN, atualmente com maioria chavista, no segundo semestre de 2015. Algumas vozes da oposição consideram que o governo acentuou intencionalmente a crise política no país com a intenção de ter um motivo para anular as eleições e, assim, manter a maioria governista.

O presidente venezuelano assegurou hoje que "chova, troveje ou relampeie" a Venezuela realizará as eleições parlamentares previstas para o final deste ano e previu que nelas o chavismo obterá "uma grande vitória".

"Mesmo que tenhamos que enfrentar um cenário que não queremos e faremos o impossível para evitá-lo, como um golpe de Estado, faríamos o necessário para realizar as eleições parlamentares", afirmou o presidente em um ato em Caracas transmitido em rede obrigatória de rádio e televisão.

Vários dirigentes opositores, entre eles o ex-candidato presidencial Henrique Capriles, advertiram nos últimos dias que o governo poderia suspender as eleições perante a queda da popularidade do presidente e o descontentamento pela crise econômica. EFE

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Caracas - A procuradora-geral da Venezuela , Luisa Ortega Díaz, afirmou nesta quarta-feira que Leopoldo López, um dos nomes mais emblemáticos da oposição, não poderá se candidatar para as próximas eleições parlamentares, um pleito que o presidente Nicolás Maduro garantiu que acontecerá, mesmo que "chova, troveje ou relampeie".

Um dia depois que a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) anunciou a candidatura de López, a procuradora-geral garantiu que o político opositor não poderá postular seu nome nem nesta, nem em nenhuma outra eleição, até 2017, quando, disse, vence o seu período de inabilitação.

"Pelo menos até 2017 não poderá ser candidato", disse, ao se referir ao político, que era prefeito do município de Chacao, na região metropolitana de Caracas, e foi acusado pela Controladoria de receber dinheiro de uma gerência da companhia petrolífera estatal PDVSA, que era dirigida por sua mãe, Antonieta Mendoza, para fundar um partido.

Também é acusado de usar a verba orçamentária, que deveria ser destinada à prefeitura, "para outras coisas".

Além disso, López foi indiciado por vários crimes relacionados com os protestos antigovernamentais do ano passado. Seu nome, junto com o de María Corina Machado e Antonio Ledezma, foram os primeiros revelados ontem pela coalizão de oposição para concorrerem a uma cadeira na Assembleia Nacional, o parlamento do país.

Sobre o caso de María Corina, investigada também pela procuradoria por seu suposto envolvimento em um plano para assassinar o presidente, que foi denunciado pelo próprio Nicolás Maduro, Luisa assinalou que as investigações ainda estão em processo e à espera do ato conclusivo.

Já em relação a Antonio Ledezma, que ainda ostenta sua posse como prefeito metropolitano, disse que não conhece as consequências de sua postulação.

A Venezuela deve escolher os mais de 160 representantes da AN, atualmente com maioria chavista, no segundo semestre de 2015. Algumas vozes da oposição consideram que o governo acentuou intencionalmente a crise política no país com a intenção de ter um motivo para anular as eleições e, assim, manter a maioria governista.

O presidente venezuelano assegurou hoje que "chova, troveje ou relampeie" a Venezuela realizará as eleições parlamentares previstas para o final deste ano e previu que nelas o chavismo obterá "uma grande vitória".

"Mesmo que tenhamos que enfrentar um cenário que não queremos e faremos o impossível para evitá-lo, como um golpe de Estado, faríamos o necessário para realizar as eleições parlamentares", afirmou o presidente em um ato em Caracas transmitido em rede obrigatória de rádio e televisão.

Vários dirigentes opositores, entre eles o ex-candidato presidencial Henrique Capriles, advertiram nos últimos dias que o governo poderia suspender as eleições perante a queda da popularidade do presidente e o descontentamento pela crise econômica. EFE

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