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Opositor diz haver 350 feridos após explosões na Turquia

Explosão foi causada, segundo forças de segurança citadas por jornal, por bomba em um cilindro de gás recheado de estilhaços metálicos e uma bomba de som

Caixão de morto em explosão na Turquia: tragédia ocorreu em um comício da legenda HDP em Diyarbakir (Osman Orsal/Reuters)

Caixão de morto em explosão na Turquia: tragédia ocorreu em um comício da legenda HDP em Diyarbakir (Osman Orsal/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2015 às 12h13.

Ancara - O dirigente do opositor e pró-curdo Partido Democrático dos Povos (HDP), Selahattin Demirtas, elevou neste sábado para 350 o número de feridos, 30 deles em estado grave, após duas explosões em um comício da legenda ontem em Diyarbakir, no sudeste da Turquia, nas quais morreram duas pessoas.

"As bombas explodiram justo antes que eu começasse meu discurso. Enquanto tentávamos resgatar pessoas que tinham perdido as pernas, os pés, os braços, a polícia lançava gás lacrimogêneo", denunciou Dermitas em reunião de seu partido em Istambul.

Os presentes vociferaram palavras de ordem contra o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, quando o dirigente do HDP lhes mostrou jornais que não noticiaram o atentado de ontem contra o comício do partido pró-curdo.

A explosão foi causada, segundo forças de segurança citadas pelo jornal "Hurriyet Daily", por uma bomba no interior de um cilindro de gás recheado de estilhaços metálicos e uma bomba de som.

Por sua parte, Erdogan declarou hoje que o ataque não se dirigia contra um partido, mas contra a segurança das eleições, e disse que tinha tentado comunicar-se com Dermitas, mas que este não retornou suas ligações.

"Ele não tem porque me ligar. Ele nos colocou como alvo e nos jogou contra uma matilha de lobos. Se é o presidente de todo um país, venha e desculpe-se com o povo de Diyarbakir", criticou Dermitas.

O HDP espera conseguir nas eleições de amanhã pelo menos 10% dos votos, o que lhe permitiria entrar no parlamento.

Se conseguir, o partido governante, AKP, não poderia conseguir a maioria de dois terços necessária para a reforma constitucional que planeja para transformar o sistema parlamentar da Turquia em uma república presidencialista.

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