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Oposição venezuelana anuncia primárias para governadores

A MUD, maior plataforma política do país, fará este processo sem a chancela do Conselho Nacional Eleitoral (CNE)

Venezuela: a disputa prévia será realizada em 20 dos 23 estados do país (Ueslei Marcelino/Reuters)

Venezuela: a disputa prévia será realizada em 20 dos 23 estados do país (Ueslei Marcelino/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de agosto de 2017 às 16h40.

Caracas - A plataforma Mesa da Unidade Democrática (MUD), formada por partidos opositores ao governo liderado por Nicolás Maduro na Venezuela, elegerá no dia 10 de setembro os candidatos que disputarão, em nome da aliança, as eleições para governadores previstas para outubro.

O deputado Stalin González, líder da bancada de opositores no Parlamento, disse nesta segunda-feira em uma entrevista à rede de televisão privada "Globovisión" que a disputa prévia será realizada em 20 dos 23 estados do país, excluindo três onde os opositores fecharam um consenso.

A MUD, maior plataforma política do país, fará este processo sem a chancela do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) - instância do Poder Eleitoral venezuelano -, ao qual acusa de estar a serviço de Maduro, segundo o parlamentar.

A eleição acontecerá com o apoio da sociedade "civil e dos partidos" da aliança, que habilitará mais de 3.000 mesas de votação, afirmou posteriormente Francisco Castro, diretor da associação civil Súmate, que participa de processos de participação popular.

Castro vai liderar a comissão das primárias ao lado de José Luis Cartaya, Angel Oropeza, Luis Vicente Bello - membros da MUD -, o deputado Luis Aquiles Moreno e Jorge Millán.

A votação será manual, contará com testemunhas durante todo o processo, e os resultados serão apresentados ao país "poucas horas após o encerramento do processo eleitoral", disse Castro.

A votação para governadores será realizada em um dos momentos mais controversos do Conselho Eleitoral, após a eleição da Assembleia Nacional Constituinte, no dia 30 de julho - da qual os opositores se abstiveram -, que ficou formada em sua totalidade por partidários de Maduro e com poder quase ilimitado sobre o país e as instituições do Estado.

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