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Da Redação
Publicado em 13 de dezembro de 2013 às 10h20.
Kiev - A oposição ucraniana anunciou nesta sexta-feira que participará da mesa-redonda nacional com o presidente do país, Viktor Yanukovich, para encontrar uma saída para a crise provocada pelos protestos antigovernamentais.
"Vamos para a mesa-redonda", disse Vitali Klitskchko, líder do partido opositor UDAR (Golpe em ucraniano), durante um comício na Praça da Independência, em Kiev.
A presidência ucraniana divulgou que Yanukovich participará hoje da mesa-redonda liderada pelo presidente da Ucrânia, Leonid Kravchuk.
Até agora os dirigentes opositores tinham se negado a participar do fórum, que já contou com duas sessões, na terça-feira e na quarta-feira, ao considerar que a comunidade internacional deve estar representada.
Klitschko ressaltou que a oposição participará da mesa-redonda com a intenção de "escutar uma resposta" para suas demandas: renúncia do governo, libertação dos presos, castigo para os responsáveis pela repressão policial e eleições presidenciais e parlamentares antecipadas.
"Só poderemos sair da crise com um "reset" das autoridades", disse.
Além de Klitschko, campeão mundial dos pesos pesados, a reunião contará com a presença do líder parlamentar do principal partido opositor Batkivschina e do nacionalista Oleg Tiagnibok.
"Apresentaremos às autoridades nossas reivindicações e que é inaceitável a dissolução das manifestações pacíficas", afirmou Tiagnibok.
Segundo a presidência, também participarão do encontro no Palácio Nacional das Artes de Kiev políticos de diversas tendências, assessores, estudantes, artistas e sindicalistas.
Yanukovich expressou nesta quarta-feira sua intenção de participar do fórum proposto por Kravchuk e pediu que a oposição a não desse as costas ao diálogo e "não tomasse o caminho do confronto".
A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, e a secretária adjunta para Assuntos Europeus e Eurasiáticos do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland, pediram nesta semana em Kiev que Yanukovich converse urgentemente com a oposição.
O ministro das Relações Exteriores, Leonid Kozhar, rejeitou ontem a possibilidade de uma mediação internacional para buscar uma saída para a crise.
"Acho que esta é uma medida extrema que demonstraria a incapacidade tanto do governo como da oposição de manter conversas construtivas", argumentou.
*Atualização às 11h20 do dia 13/12/2013