Oposição quer CPI para investigar Palocci
Base aliada nega necessidade de nova investigação e defende que caso fique a cargo do Ministério Público Federal
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2011 às 18h29.
Brasília - A decisão do Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) de investigar eventual irregularidade na evolução patrimonial do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, reforça a necessidade de criar uma comissão parlamentar de inquérito (CPI), disse hoje (27) o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR). Já o líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE), entende que a apuração do MPF é suficiente para esclarecer o caso, tornando dispensável a CPI.
Para Álvaro Dias, o MPF-DF agiu certo. “Foi a decisão que a sociedade esperava. Há denuncias que circulam com força, contundência e com ares de veracidade. Os indícios são consistentes e cabe ao Ministério Público a investigação. Neste caso, cumpre seu dever.”
Ele acha que a iniciativa deve ser complementada com a criação de CPI para investigar o suposto enriquecimento ilícito de Palocci. “A CPI é uma contribuição fundamental. Uma parceria que produz transparência, estabelecendo interação com a imprensa e com a sociedade.” Até o momento, acrescentou Dias, 18 senadores assinaram o requerimento de criação da CPI.
“O fato determinado existe. Quando o Ministério Público instaura procedimento de investigação, ele reconhece que os indícios são sérios e também cabe CPI”, reforçou o líder tucano. Segundo ele, a CPI tem condições de pedir a quebra de sigilo bancário e fiscal do ministro. Só com essas informações, assinalou, é possível averiguar se houve crime na evolução patrimonial de Palocci.
Embora o senador Clésio Andrade (PR-MG) tenha retirado seu nome do requerimento de criação da CPI, atendendo pedido do governo, Dias acredita que, se a resposta de Palocci à Procuradoria-Geral da República não for “cabal”, outros senadores darão apoio à criação da comissão.
O líder do PT no Senado discorda de Dias. “Não há necessidade de fazer CPI, se já há investigações em andamento [pelo Ministério Público Federal]. Além disso, Palocci se comprometeu a dar explicações ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel.”
Humberto Costa afirmou também que uma CPI serve apenas para criar um cenário para briga política. “Não cabe a criação de uma CPI porque a gente sabe que ela, no fim das contas, acaba se transformando em um grande palco de disputa política. Vamos esclarecer sem partidarizar.”
Ainda segundo ele, o governo vê a abertura de investigação pelo MPF-DF com naturalidade. “Sempre fomos favoráveis a que se faça investigações para esclarecer quaisquer fatos que digam respeito ao governo e aos seus integrantes.”
Brasília - A decisão do Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) de investigar eventual irregularidade na evolução patrimonial do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, reforça a necessidade de criar uma comissão parlamentar de inquérito (CPI), disse hoje (27) o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR). Já o líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE), entende que a apuração do MPF é suficiente para esclarecer o caso, tornando dispensável a CPI.
Para Álvaro Dias, o MPF-DF agiu certo. “Foi a decisão que a sociedade esperava. Há denuncias que circulam com força, contundência e com ares de veracidade. Os indícios são consistentes e cabe ao Ministério Público a investigação. Neste caso, cumpre seu dever.”
Ele acha que a iniciativa deve ser complementada com a criação de CPI para investigar o suposto enriquecimento ilícito de Palocci. “A CPI é uma contribuição fundamental. Uma parceria que produz transparência, estabelecendo interação com a imprensa e com a sociedade.” Até o momento, acrescentou Dias, 18 senadores assinaram o requerimento de criação da CPI.
“O fato determinado existe. Quando o Ministério Público instaura procedimento de investigação, ele reconhece que os indícios são sérios e também cabe CPI”, reforçou o líder tucano. Segundo ele, a CPI tem condições de pedir a quebra de sigilo bancário e fiscal do ministro. Só com essas informações, assinalou, é possível averiguar se houve crime na evolução patrimonial de Palocci.
Embora o senador Clésio Andrade (PR-MG) tenha retirado seu nome do requerimento de criação da CPI, atendendo pedido do governo, Dias acredita que, se a resposta de Palocci à Procuradoria-Geral da República não for “cabal”, outros senadores darão apoio à criação da comissão.
O líder do PT no Senado discorda de Dias. “Não há necessidade de fazer CPI, se já há investigações em andamento [pelo Ministério Público Federal]. Além disso, Palocci se comprometeu a dar explicações ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel.”
Humberto Costa afirmou também que uma CPI serve apenas para criar um cenário para briga política. “Não cabe a criação de uma CPI porque a gente sabe que ela, no fim das contas, acaba se transformando em um grande palco de disputa política. Vamos esclarecer sem partidarizar.”
Ainda segundo ele, o governo vê a abertura de investigação pelo MPF-DF com naturalidade. “Sempre fomos favoráveis a que se faça investigações para esclarecer quaisquer fatos que digam respeito ao governo e aos seus integrantes.”