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Oposição pressiona por recontagem e Unasul convoca reunião

O governo peruano, que ocupa a presidência rotativa da Unasul, convocou uma reunião presidencial de emergência para esta quinta-feira para analisar a situação na Venezuela

A oposição na Venezuela questiona a vitória eleitoral de Nicolás Maduro (AFP / Leo Ramírez)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2013 às 08h01.

Caracas - A oposição manteve a pressão nesta quarta-feira para obter a recontagem dos votos da eleição de domingo passado na Venezuela , com a entrega de um pedido formal ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), após a vitória do chavista Nicolás Maduro por estreita margem sobre o líder opositor Henrique Capriles.

"Explicamos que há necessidade de uma solução política para a crise (...) e esperamos isto o mais cedo possível, já no próximo anúncio do CNE", disse Carlos Ocariz, chefe da campanha de Capriles, destacando que entregou "provas" das irregularidades na eleição.

Após receber o pedido para a recontagem dos votos, a presidente do CNE, Tibisay Lucena, declarou a imprensa que se deve "respeitar o direito de protesto e o direito de discordar".

Em reunião com 20 governadores chavistas, Maduro disse nesta quarta que apoiará a decisão do CNE, mas recordou que diante da estreita margem de votos, já se realizou uma auditoria sobre 54% dos votos, como determina a lei.

"O que o poder eleitoral decidir em torno do pedido da oposição vamos apoiar total e plenamente porque eles são a autoridade para todo o material eleitoral no país", destacou Maduro.

A presidente do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ), Luisa Estela Morales, garantiu que "não existe" no país contagem manual de votos, como solicita Capriles, porque o sistema eleitoral é eletrônico.

"Na Venezuela, desde a Constituição de 1999 se eliminou a forma manual dos processos eleitorais. Na Venezuela, o sistema eleitoral é absolutamente 'sistematizado', de modo que a contagem manual não existe".

A presidente do TSJ observou que "estão enganadas as pessoas que acreditam que este tipo de contagem pode ocorrer", e que isto "incita o início de uma luta sem fim nas ruas".


Capriles reagiu às declarações afirmando que "a presidente (do TSJ) ignora toda a realidade do processo eleitoral" e destacou que "o mundo está completamente de acordo com uma auditoria porque isto fortalece a democracia".

Maduro obteve 50,8% dos votos, contra 49% para Capriles, e venceu por uma diferença de 265.000 votos.

Na noite de domingo, logo após a divulgação dos resultados, Maduro defendeu uma auditoria sobre todas as urnas para "não deixar dúvidas" sobre o resultado.

"Solicito oficialmente ao Conselho Nacional Eleitoral a realização de uma auditoria (...) para que não fique dúvida sobre os resultados eleitorais", disse Maduro a uma multidão de chavistas reunida diante do Palácio Presidencial de Miraflores.

Na segunda-feira, Maduro mudou o discurso e acusou a oposição de golpismo por tentar "vulnerar a maioria democrática" ao ignorar os resultados e pedir a recontagem dos votos.

"Maioria é maioria e isso deve ser respeitado. Na democracia não se pode tentar emboscadas, tramas para vulnerar a soberania popular, a vontade popular (...) Isso só tem um nome: golpismo".

Nesta quarta, Maduro comunicou a morte de oito pessoas nos protestos da oposição na segunda-feira contra os resultados eleitorais, e responsabilizou os opositores "fascistas" pela violência.


"Me informaram a respeito do falecimento de uma compatriota que estava ferida no hospital de Llanito (município opositor Baruta, leste de Caracas)", disse Maduro em um ato com governadores chavistas transmitido pelo canal oficial VTV.

A procuradora-geral, Luisa Ortega, havia informado na terça-feira sete mortos, incluindo um policial, 61 feridos e 135 detidos nas manifestações em várias regiões do país.

Diante da instabilidade, o governo peruano, que ocupa a presidência rotativa da Unasul, convocou uma reunião presidencial de emergência para esta quinta-feira para analisar a situação na Venezuela.

A presidente Dilma Rousseff e seus colegas de Argentina, Cristina Kirchner, Uruguai, José Mujica, e Colômbia, Juan Manuel Santos já confirmaram presença no encontro, do mesmo modo que o anfitrião, Ollanta Humala, segundo um funcionário em Lima.

O presidente equatoriano, Rafael Correa, não confirmou se viajará a Lima ou será representado por seu ministro de Relações Exteriores, assinalou o funcionário, que pediu para não ser identificado.

O governo da Venezuela será representado pelo chanceler Elías Jaua.

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Caracas - A oposição manteve a pressão nesta quarta-feira para obter a recontagem dos votos da eleição de domingo passado na Venezuela , com a entrega de um pedido formal ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), após a vitória do chavista Nicolás Maduro por estreita margem sobre o líder opositor Henrique Capriles.

"Explicamos que há necessidade de uma solução política para a crise (...) e esperamos isto o mais cedo possível, já no próximo anúncio do CNE", disse Carlos Ocariz, chefe da campanha de Capriles, destacando que entregou "provas" das irregularidades na eleição.

Após receber o pedido para a recontagem dos votos, a presidente do CNE, Tibisay Lucena, declarou a imprensa que se deve "respeitar o direito de protesto e o direito de discordar".

Em reunião com 20 governadores chavistas, Maduro disse nesta quarta que apoiará a decisão do CNE, mas recordou que diante da estreita margem de votos, já se realizou uma auditoria sobre 54% dos votos, como determina a lei.

"O que o poder eleitoral decidir em torno do pedido da oposição vamos apoiar total e plenamente porque eles são a autoridade para todo o material eleitoral no país", destacou Maduro.

A presidente do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ), Luisa Estela Morales, garantiu que "não existe" no país contagem manual de votos, como solicita Capriles, porque o sistema eleitoral é eletrônico.

"Na Venezuela, desde a Constituição de 1999 se eliminou a forma manual dos processos eleitorais. Na Venezuela, o sistema eleitoral é absolutamente 'sistematizado', de modo que a contagem manual não existe".

A presidente do TSJ observou que "estão enganadas as pessoas que acreditam que este tipo de contagem pode ocorrer", e que isto "incita o início de uma luta sem fim nas ruas".


Capriles reagiu às declarações afirmando que "a presidente (do TSJ) ignora toda a realidade do processo eleitoral" e destacou que "o mundo está completamente de acordo com uma auditoria porque isto fortalece a democracia".

Maduro obteve 50,8% dos votos, contra 49% para Capriles, e venceu por uma diferença de 265.000 votos.

Na noite de domingo, logo após a divulgação dos resultados, Maduro defendeu uma auditoria sobre todas as urnas para "não deixar dúvidas" sobre o resultado.

"Solicito oficialmente ao Conselho Nacional Eleitoral a realização de uma auditoria (...) para que não fique dúvida sobre os resultados eleitorais", disse Maduro a uma multidão de chavistas reunida diante do Palácio Presidencial de Miraflores.

Na segunda-feira, Maduro mudou o discurso e acusou a oposição de golpismo por tentar "vulnerar a maioria democrática" ao ignorar os resultados e pedir a recontagem dos votos.

"Maioria é maioria e isso deve ser respeitado. Na democracia não se pode tentar emboscadas, tramas para vulnerar a soberania popular, a vontade popular (...) Isso só tem um nome: golpismo".

Nesta quarta, Maduro comunicou a morte de oito pessoas nos protestos da oposição na segunda-feira contra os resultados eleitorais, e responsabilizou os opositores "fascistas" pela violência.


"Me informaram a respeito do falecimento de uma compatriota que estava ferida no hospital de Llanito (município opositor Baruta, leste de Caracas)", disse Maduro em um ato com governadores chavistas transmitido pelo canal oficial VTV.

A procuradora-geral, Luisa Ortega, havia informado na terça-feira sete mortos, incluindo um policial, 61 feridos e 135 detidos nas manifestações em várias regiões do país.

Diante da instabilidade, o governo peruano, que ocupa a presidência rotativa da Unasul, convocou uma reunião presidencial de emergência para esta quinta-feira para analisar a situação na Venezuela.

A presidente Dilma Rousseff e seus colegas de Argentina, Cristina Kirchner, Uruguai, José Mujica, e Colômbia, Juan Manuel Santos já confirmaram presença no encontro, do mesmo modo que o anfitrião, Ollanta Humala, segundo um funcionário em Lima.

O presidente equatoriano, Rafael Correa, não confirmou se viajará a Lima ou será representado por seu ministro de Relações Exteriores, assinalou o funcionário, que pediu para não ser identificado.

O governo da Venezuela será representado pelo chanceler Elías Jaua.

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