Manifestante contra o governo de Mursi, no Egito: nas últimas horas, líderes da oposição pediram para que os protestos sejam feitos de forma pacífica. (REUTERS/Amr Abdallah Dalsh)
Da Redação
Publicado em 2 de fevereiro de 2013 às 13h57.
Cairo - A Frente de Salvação Nacional (FSN), principal aliança de oposição no do Egito, fez neste sábado uma convocação para derrubar o regime do presidente egípcio, Mohammed Mursi, levá-lo à justiça, e acabar com 'a hegemonia da Irmandade Muçulmana no poder'.
Em comunicado após os distúrbios de sexta-feira, que deixaram um morto e 78 feridos, a FSN convocou a população a se manifestar pacificamente em todas as praças do país 'em defesa da dignidade do ser humano'. O grupo pediu também que Mursi seja processado.
'Pedimos uma investigação judicial neutra sobre o assassinato, a tortura e as detenções indiscriminadas, e que todos os responsáveis desses delitos sejam levados a um tribunal justo, começando pelo presidente da República, o ministro do Interior e todos os envolvidos nestes crimes', conclamou a FSN.
A coalizão rejeitou, além disso, a participação em um diálogo com as autoridades antes que 'cesse o derramamento de sangue' e suas reivindicações sejam atendidas.
'A população egípcia e o mundo acompanharam ontem (sexta-feira) as ações de violência no Palácio Presidencial, que foram seguidas de declarações de dirigentes da Irmandade Muçulmana, nos quais acusaram o povo egípcio e as forças revolucionárias pacíficas de instigar a violência', destacou o grupo.
'Estas declarações descobriram as intenções hostis do regime em relação ao povo e às forças da oposição e confirmam a prática da violência injustificada', completou.