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Oposição líbia rejeita operação militar terrestre da Otan

Organização disse que irá cumprir apenas a resolução aprovada na ONU; rebeldes declararam que não vão negociar com Kadafi

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2011 às 13h35.

Moscou - A oposição líbia se pronunciou nesta segunda-feira contra uma operação militar terrestre da Otan no país norte-africano durante consultas mantidas em Moscou com o ministro de Exteriores russo, Sergei Lavrov.

"Não, nunca", assegurou a respeito do chefe da delegação dos rebeldes líbios, Abdel Rahman Shalkan, antigo ministro de Exteriores e embaixador perante a Organização das Nações Unidas, segundo informaram as agências russas.

Por sua vez, assegurou que a Otan está operando no país norte-africano estritamente no marco do mandato internacional do Conselho de Segurança da ONU.

"Esta não é uma decisão da Otan, mas uma decisão da ONU e de seu Conselho de Segurança. A Otan não vinha à Líbia por decisão da Otan. Foi uma decisão da ONU destinada a defender à população civil", disse.

Rahman também ressaltou que os opositores líbios nunca se sentarão para negociar a paz com o ditador do país norte-africano, Muammar Kadafi, que ameaçou a deixar o poder.

"Para que? Para obrigá-lo a sair? Quem tem que cessar o fogo? Kadafi deve cessar o fogo. Nós não estamos combatendo contra nosso próprio povo. É Kadafi que mata a nossa gente", assinalou.

Portanto, acrescentou, "é Kadafi que deve declarar o cessar-fogo e ir embora".

Além disso, expressou a disposição de continuar o diálogo com a Rússia, país que ainda reconhece o autoritário regime líbio como o poder legítimo do país árabe e critica o Ocidente por ultrapassar o mandato internacional da ONU com seus bombardeios.

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